Gaeco em ação!

Cantor sertanejo é detido em operação no Paraná

Foto: Arquivo.

Uma investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) acabou com a denúncia de 45 integrantes de uma organização criminosa que atuava em todo o Brasil com fraudes em contas bancárias. A estimativa do MP-RJ é de que, entre 2016 a 2017, mais de R$ 30 milhões tenham sido subtraídos pelo grupo. Nesta fase da operação, que foi desencadeada na manhã desta segunda-feira (17), pelo menos sete pessoas foram presas, entre elas o cantor Rick Ribeiro, detido em Ponta Grossa, no Paraná. O cantor seria um dos hackers do grupo e usava o dinheiro das fraudes para financiar seus clipes.

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O trabalho foi comandado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Rio de Janeiro e foi descoberto que o grupo pode ter gerado prejuízos a inúmeros correntistas. Segundo o que foi apurado, os envolvidos enviavam e-mails de spam e também mensagens de texto a pessoas que acabavam clicando e eram direcionadas a programas maliciosos que conseguiam roubar as informações das contas bancárias e senhas.

Rick-Ribeiro

Ao clicar no e-mail ou na mensagem de texto no celular, a pessoa deixava, sem saber, o caminho livre para que a quadrilha retirasse quanto quisesse das contas, de forma fraudulenta. Além disso, eles também são suspeitos de causar prejuízos ainda maiores, em alguns casos chegando aos R$ 500 mil, através de ligações para as vítimas. Neste caso, o grupo se fazia passar por funcionário do banco, obtinha os dados pessoais da pessoa e conseguia finalizar o processo de retirada do dinheiro enganando até mesmo funcionários do setor financeiro de grandes empresas.

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Bem organizados

Segundo o Gaeco, o grupo era bem organizado e funcionava como uma empresa. A denúncia aponta que os integrantes da quadrilha são suspeitos de lavagem de dinheiro, por meio da utilização de ‘laranjas’ na compra de terrenos, apartamentos e salas comerciais e para a ocultação de patrimônio.

Esta, segundo o Gaeco, é a segunda fase da operação, que foi intitulada como Open Doors, deflagrada em agosto de 2017 e prendeu a parte operacional da quadrilha. Além dos integrantes comuns, que ficavam no controle do esquema criminoso, o grupo também usava ‘hackers’, que agiam propriamente na retirada dos valores e foram eles, considerados os cérebros do grupo, que foram os alvos desta segunda ação. O Gaeco também busca por pessoas relacionadas à lavagem de dinheiro e outras funções operacionais.

Os mandados de prisão e também de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Civil no Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e Bahia. Além do cantor Luiz Henrique Ribeiro da Costa Lesniovski, mais conhecido como Rick Ribeiro, que foi preso no Paraná, também foram detidos Richard Lucas da Silva Miranda, vulgo ‘Lucas Toni’; Washington José Felicio; Dilson de Almeida Panisio; Pedro Vicenzo Fernandes Cardoso, vulgo ‘Drope’; Rafael Rocha Burkner, vulgo ‘Tx’ ou ‘Toxa’ e Newton Cesar Rocha de Castro, conhecido como ‘New’.

Mais envolvidos

Nesta segunda fase da operação, foram identificadas e denunciadas 237 pessoas que integraram a organização ou participaram como coautores nos furtos. Dessa forma, somando as duas etapas, a Open Doors já identificou e indiciou 320 indivíduos em todo o Brasil, demonstrando que o grupo criminoso era bem estruturado e sua atuação bem complexa.

Rick-Ribeiro2

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