'Investigador'

Cachorro que já encontrou crânio, agora leva um braço humano pra casa

Crânio e os demais ossos humanos foram encontrados no bairro Atuba, em Curitiba. Foto ilustrativa: Daniel Castellano/Arquivo/Gazeta do Povo

“O mesmo cachorro que encontrou um crânio humano e o deixou na entrada de uma residência no bairro Atuba, em Curitiba, dia 10 de agosto, apareceu com outro achado bizarro. Na tarde desta segunda-feira (10), o animal foi visto pelos moradores da Estrada da Ribeira (BR-476) carregando parte de um braço humano. Um inquérito foi aberto nesta segunda para apurar o caso.

Crânio encontrado pelo cão, em agosto de 2018. Foto: Reprodução / Plantão de Notícias Curitiba
Crânio encontrado pelo cão, em agosto de 2018. Foto: Reprodução / Plantão de Notícias Curitiba

De acordo com a delegada Sabrina Alexandrino, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o osso ainda estava coberto por pele ressecada e foi possível identificar a palavra “Jesus” tatuada na pele. “É uma tatuagem grande que poderá nos ajudar na identificação do sujeito, caso apareçam familiares de pessoas desaparecidas com essa característica”, informou.

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Diante da situação inusitada, moradores da região seguiram o cão até uma mata nas proximidades e localizaram outro osso, desta vez da região do quadril. Os dois itens localizados foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba para perícia e os resultados devem ser divulgados em aproximadamente 30 dias.

Ainda segundo a delegada, o crânio localizado pelo cão no mês de agosto já havia sido encaminhado ao IML. No entanto, não havia uma investigação a respeito na DHPP porque o caso era tratado inicialmente como violação de sepultura. “Com os novos ossos encontrados, acreditamos que não se trate de vilipêndio de cadáver, mas de um homicídio. Então, abrimos o inquérito aqui”, informou.

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As partes do corpo encontradas até agora estão em avançado estado de decomposição e não apresentam indícios visíveis de crime. Por isso, a delegacia solicita o apoio da população com denúncias e informações a respeito de pessoas desaparecidas. “Precisamos inicialmente identificar o sujeito através do exame de DNA para, então, conversar com seus familiares e descobrir se ele tinha inimigos”, explica.

Até lá, não é possível confirmar que os ossos estejam relacionados a um crime. “Poderia se tratar de um indigente que teve um mal súbito ou de um traficante”, exemplificou a delegada.

Denúncias a respeito do caso podem ser passadas à DHPP pessoalmente na Avenida Sete de Setembro, 2077 – no Centro de Curitiba – ou pelo telefone 3360-1400. A denúncia também pode ser realizada de forma anônima e gratuita pelo telefone 0800-6431-121.

Outros casos

Essa não é a primeira vez que um morador de Curitiba se depara com uma ossada no quintal de casa. No início de ano, em março, outro crânio apareceu na esquina das ruas Chile e Francisco Nunes, no bairro Rebouças. Imagens de câmeras de segurança mostraram o momento em que dois homens jogaram a estrutura na frente de uma empresa da região. Não há inquérito aberto na DHPP a respeito do caso.

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A única ocorrência envolvendo violação de sepultura que é atendida pela especializada trata do crime em que o corpo de uma menina de um ano foi furtado do Cemitério Municipal do Boqueirão, em Curitiba. O fato foi registrado em 22 de junho, um dia após o sepultamento da criança e foi passado à especializada na tentativa de apressar as investigações.

Segundo o delegado Cássio Conceição, a equipe conseguiu imagens do criminoso entrando em um carro com o caixão da criança e fugindo em direção à Cidade Industrial de Curitiba (CIC). No entanto, não foi possível visualizar a placa do veículo. “Já recebemos outras denúncias e verificamos uma a uma, mas nada nos levou ao suspeito”, disse. Informações a respeito do caso também podem ser passadas à polícia pelo disque-denúncias da DHPP.”

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