Por R$ 50!

Bebê de um mês e mãe ficam presos em cativeiro por dívida de drogas do pai

O bebê e sua mãe ficaram quatro dias presos na "boca de fumo". Foto: Atila Alberti/Tribuna do Paraná.

Um bebê de um mês foi colocado em risco por causa de uma dívida de drogas no valor de R$ 50. A criança e a mãe, de 15 anos, ficaram em cativeiro por quatro dias em um ponto de venda de drogas na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). O pai, de 20 anos, avisou a polícia da situação e as equipes foram até o local na tarde desta terça-feira (24) para resgatar a família. Um homem de 33 anos foi preso em flagrante.

+Caçadores! Todo rachado, população teme que viaduto desabe em Curitiba

Segundo o tenente Roberto Elias dos Santos, da Polícia Militar (PM), o preso era dono do local. Ele tinha mandado de prisão por tráfico de drogas em aberto e, também, por rompimento de tornozeleira eletrônica. Ainda de acordo com a PM, o próprio pai colocou a família em risco ao se dirigir até o local para comprar drogas. “Pelos relatos, ele foi até lá, ficou em dívida, e a família só seria solta após o pagamento. A princípio, os três ficaram em cárcere por quatro dias”, disse Santos.

Pai da criança tinha uma dívida de R$50 em drogas. Foto: Atila Alberti/Tribuna do Paraná.
Homem preso tinha em seu nome mandados de prisão por tráfico e rompimento de tornozeleira eletrônica. Foto: Atila Alberti/Tribuna do Paraná.

Sem se identificar, o pai contou que só foi liberado para tentar conseguir o valor que ficou devendo. Quando percebeu que não conseguiria, chamou a polícia para salvar a família. “As condições do lugar não eram nada boas. Eles não iam liberar minha família, enquanto eu não pagasse”, contou.

+ Leia ainda: ‘Uber dos ônibus’ é barrado pela Justiça e não pode operar no Paraná

Os três moram em Colombo, mas estavam na CIC por causa de uma cirurgia no maxilar que seria feita pelo pai do bebê. Eles estavam em uma casa de parentes.

A ocorrência foi encaminhada para o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria). De lá, o caso foi repassado para a Central de Flagrantes de Curitiba. A PM informou que Polícia Civil tomará conta do processo.

“Tirei um peso das costas”, diz emocionado perito que trabalhou no caso Rachel Genofre