Com o objetivo de discutir as medidas de segurança em viagens por aplicativos de mobilidade em Curitiba, aconteceu nesta sexta-feira (18), uma reunião entre o Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (DIEP), ligado à Secretaria de Estado da Segurança (Sesp), e as diretorias dos principais apps de transporte da cidade.

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A expectativa era de que o encontro trouxesse propostas para interromper a onda de homicídios contra os motoristas da capital – cuja última vítima foi encontrada morta em um rio de São José dos Pinhais no último sábado (12) – mas, por enquanto, só foi estabelecido um fluxo de informações entre as partes, sem plano de ações concretas. A informação é Sesp, que se manifestou sobre o assunto por meio de nota.

De acordo com a Sesp, estiveram presentes membros administrativos da Cabify, Uber e 99 – as três principais empresas do setor na cidade. Apesar da promessa da Sesp de novos encontros acontecerem em breve – para que o DIEP conheça o sistema de segurança usado pelas empresas –, o resultado da reunião desta sexta ainda não atende as demandas nos motoristas de aplicativos, que só nesta semana fizeram dois protestos pedindo por segurança.

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Entre os principais pedidos dos motoristas encontram-se a exigência de mais dados do usuário, como reconhecimento facial e biometria, além da instalação de um botão de pânico.

Mais proteção

Alguns dos representantes dos aplicativos, no entanto, afirmam que outras funcionalidades já existentes nos apps cumprem funções similares às solicitadas. É o caso da 99, cujo diretor de segurança, Leonardo Soares, afirma que um sistema de inteligência artificial acaba por impedir incidentes como roubos e sequestros.

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“Nos últimos 15 dias, nós tivemos aprimoramento desse sistema, além da inclusão da categoria de passageiro frequente, que garante a procedência do passageiro, e a obrigatoriedade do CPF para todos os cadastros de passageiros”, afirma o diretor.

Quanto à reunião desta sexta, porém, Soares também afirmou não ter sido feito nenhum planejamento de ações, e sim um plano de estreitamento de relações e compartilhamento de fluxo de informações. Essas informações sobre localização e horário de crimes que acontecem durante as viagens auxiliariam, por exemplo, na estratégia da Sesp para melhorar a segurança.

Inimigo a bordo