Secretário reconhece que micro-crédito para economia solidária “não deslanchou”

O micro-crédito não deslanchou de acordo com a necessidade, reconhece o secretário de Economia Solidária do Ministério do Trabalho, Paul Singer. Ele admite que atualmente os pequenos produtores têm dificuldades de acesso a financiamento pela exigência de garantias dos bancos.

Uma solução, na opinião de Singer, é que os empréstimos sejam repassados para Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) que, por conhecer melhor a realidade dos pequenos empreendimentos, poderiam oferecer o empréstimo, garantindo o risco. Seria necessário que os bancos públicos retirassem os recursos do FAT [Fundo de Amparo ao Trabalhador] e repassassem a centenas de Oscips, que por sua vez fariam a distribuição dos créditos, disse Singer.

Singer citou o exemplo do Banco do Nordeste que criou uma organização, chamada de CrediAmigo, para oferecer microcrédito. O Banco do Nordeste é o único que faz microcrédito em grande escala para centenas de milhares de pessoas. A Oscip é do próprio banco, afirmou.

Atualmente, R$ 200 milhões de recursos do FAT são destinados ao microcrédito produtivo orientado. O problema não é falta de fundos, mas chegar a eles. Não há ainda conhecimento mútuo entre as entidades de os bancos para que o crédito seja liberado, acrescentou o secretário.

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