O
secretário relatou que recebeu a visita de três deputados do PL – Edson Praczyk,
Mauro Moraes e Renato Gaúcho – mas que a proposta teria vindo somente de
Praczyk. Quando indagado pelo líder da oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB)
e pelo deputado Elio Rusch (PFL) se ele tinha gravações, Pisseti foi enfático:
?Esse não é o governo anterior que grava conversas?.
Rossoni disse que
Pissetti não tinha provas de gravações feitas pela gestão anterior e Pissetti
refrescou a memória do deputado citando a CPI dos Grampos e a escuta telefônica
encontrada no quarto andar do Palácio Iguaçu na época do governo passado. O
deputado Reni Pereira (PSB) declarou a todos que, mesmo sem gravações, na
linguagem do direito, a declaração do secretário é tida como uma prova e possui
grande peso.
Pissetti deixou claro que a prática de oferecer qualquer
tipo de propina em troca de apoio político é banida pela gestão de Roberto
Requião e,
por isso, levou a proposta feita por Praczyk ao conhecimento do
governador.
Requião declarou o corrido a um jornalista que divulgou uma nota
em sua coluna há mais de 30 dias e, recentemente, relembrou o assunto durante
uma
entrevista concedida a uma emissora de rádio de Ponta Grossa.
A
Comissão de Ética da Assembléia Legislativa investiga as declarações feitas pelo
governador para saber se houve falta de decoro parlamentar cometida
pelo
deputado. Nesta quarta-feira (30), a Comissão realizou sua última sessão antes
do recesso parlamentar e deve retomar as investigações em agosto, no retorno das
atividades da Assembléia.