Secretaria da Saúde estuda projeto para controlar esquistossomose

A Secretaria de Estado da Saúde prepara um plano para atualização do levantamento dos moluscos transmissores da esquistossomose. O trabalho será realizado em 276 municípios do Paraná, com a captura e identificação de moluscos. “Com o trabalho preventivo estamos buscando o controle de mais uma doença no estado”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Cláudio Xavier.

A previsão é que os trabalhos tenham início até o final deste ano, logo após a capacitação de pessoal. A preocupação é identificar os portadores para evitar a forma mais grave da doença. “Para alcançar a erradicação da doença no estado é necessário desenvolver ações educativas, identificar e tratar portadores e doentes, além do saneamento básico”, destaca Lúcia. Atualmente, existem 54 municípios de risco no Paraná, localizados, principalmente, no Norte do estado. O primeiro foco da doença foi detectado em Jacarezinho, em 1949. Nos últimos cinco anos, manteve-se a média de 215 casos registrados por ano.

Para a enfermeira e técnica responsável pelo programa de controle da esquistossomose da Secretaria de Estado da Saúde, Lúcia Harumi Minami, há necessidade de atualização para identificar novos focos de risco, evitando-se, desta forma, a expansão da doença. Diversas reuniões já foram realizadas para montar o grupo de trabalho definitivo. O trabalho é desenvolvido em parceria com o Ministério da Saúde e com o apoio do professor Ênnio Luz da UFPR.

A Doença

A esquistossomose ou “barriga d’água” é uma infecção provocada por parasitas do gênero “schistosoma”, que tem como hospedeiro intermediário o caramujo de água doce e pode provocar, durante sua fase aguda, tosse, diarréia, dor de cabeça, anorexia, náusea e febre. Na fase crônica, pode causar o aumento do fígado, baço, circulação colateral, varizes de esôfago, ascite (barriga d’água), vômito e fezes com sangue, além de paralisia (mielite esquistossomótica).

Para prevenir a esquistossomose é importante tomar alguns cuidados: não tomar banho ou lavar roupas em lagoas, tanques e rios que tenham o caramujo, não evacuar próximo a estes locais e utilizar banheiro com rede de esgoto.

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