Sanguessugas: empresário envolve governador do Piauí

O empresário Ronildo Pereira, integrante da máfia dos sanguessugas, agravou a situação de governadores petistas já citados por outros integrantes do esquema. Segundo depoimento de Ronildo, que agia em parceria com a família Vedoin, dona da Planam, o governador do Piauí, Wellington Dias, participou de uma reunião com integrantes do esquema que tratou da aplicação de recursos acima de R$ 10 milhões para a compra de ambulâncias e equipamentos médicos. O empresário afirmou que Dias "tinha conhecimento de que a licitação seria direcionada". O empresário aponta, ainda, um fato novo: um intermediário teria apresentado os empresários do esquema ao secretário de Finanças de Campinas, cidade administrada por Hélio de Oliveira, do PDT. Ele ainda detalha um acordo fracassado com o governo de Mato Grosso do Sul comandado por Zeca do PT

Ronildo contou à Justiça Federal que o esquema chegou a Wellington Dias pelas mãos de José Caubi Diniz, intermediário de José Airton Cirilo, integrante do Diretório Nacional do PT e ex-presidente do partido no Ceará. Segundo Ronildo, nas negociações realizadas por Cirilo e seus intermediários para liberação de recursos do Ministério da Saúde para pagamento de ambulâncias, "a pessoa de contato" era Antônio Alves, ex-chefe de gabinete do então ministro Humberto Costa

Pela versão de Ronildo, foi Diniz quem levou os Vedoin para acertar os detalhes sobre o direcionamento das licitações para compra de medicamentos em Campinas. Segundo ele, o grupo tratou diretamente com o secretário de Finanças e a reunião não teria sido de "consulta", mas uma comunicação de que os Vedoin realizariam a venda de medicamentos ao município

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