O Estado do Paraná elegeu 33 representantes para o Congresso Nacional em 2002. Desse grupo de cidadãos investidos da procuração popular de exercer o mandato em favor da comunidade, nada menos que dez estão sendo investigados pelo Supremo Tribunal Federal.
Em outras palavras, um terço da bancada federal do Paraná em Brasília tem assuntos de natureza grave a acertar com a Justiça.
Segundo a relação divulgada por este jornal, fazem parte da lista os deputados federais Chico da Princesa e Giacobo (PL), Dilceu Sperafico, José Janene e Ricardo Barros (PP), Airton Roveda e Alex Canziani (PTB), Assis Miguel do Couto e Irineu Colombo (PT) e André Zacharow (PSB).
O cardápio em exame no STF contém revelações inquietantes, acima de tudo em se tratando de membros do parlamento, palco das mais importantes discussões sobre o cotidiano da população. A conclusão pueril de muitos é que tais suspeitas jamais deveriam estar associadas à pessoa de um representante do povo. Não é assim.
Crime eleitoral, compra de votos, cárcere privado, apropriação indébita, estelionato, fraude em seguro ou licitação pública, falsidade ideológica, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, sonegação fiscal, peculato e crime ambiental são algumas das preciosidades que avultam nesse indesejado saco de maldades. Todos terão direito à irrestrita defesa, mas aos eleitores seria de bom alvitre guardar a lista em lugar seguro…