O administrador e economista Rubens Ghilardi, que atualmente acumula as atribuições de diretor de Distribuição e de Finanças e Relações com Investidores da Copel, será o novo presidente da estatal em substituição a Paulo Pimentel, que pediu afastamento para se dedicar integralmente à administração do seu grupo empresarial.

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Ghilardi será eleito e empossado pelo Conselho de Administração da Copel na reunião do dia 1o de fevereiro, permanecendo também como diretor de Finanças. O novo diretor para a área de Distribuição será o economista Ronald Thadeu Ravedutti, atualmente ocupando a diretoria de Gestão Corporativa que passará a ser comandada pelo engenheiro Luiz Antônio Rossafa, presidente do Crea/PR ? Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Paraná e integrante do Conselho de Administração da Copel desde janeiro de 2003.

A definição dos nomes que integrarão a diretoria executiva da Copel foi dada na manhã de quinta-feira pelo governador Roberto Requião, na condição de representante do acionista controlador da empresa ? o Estado do Paraná. Requião também confirmou a manutenção de Assis Corrêa na diretoria Jurídica e de José Ivan Morozowski na diretoria de Geração e Transmissão de Energia e Telecomunicações.

O novo presidente ? Rubens Ghilardi tem 64 anos (nasceu em Curitiba no dia 7 de outubro de 1940) e cumpriu uma carreira de 28 anos como empregado da Copel, período em que exerceu o cargo de diretor econômico-financeiro da Companhia, entre 1987 e 1993. Nos dez anos seguintes, prestou serviços à Escelsa, empresa de eletricidade do Espírito Santo, Itaipu Binacional e Fibra ? Fundação Itaipu até que em maio de 2003 retornou à Copel, assumindo a diretoria de Distribuição.

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A partir de 21 de setembro de 2004, passou a exercer cumulativamente as diretorias de Finanças e Relações com Investidores (onde permanece) e de Distribuição, que a partir de 1o de fevereiro passa a ser comandada por Ronald Ravedutti, atual diretor de Gestão Corporativa e em cujo posto será sucedido por Luiz Antônio Rossafa.

Lealdade

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Ao confirmar que o governador Roberto Requião aceitou sua decisão de, ao final do mês, deixar a presidência da Copel por motivos de ordem particular, o ex-governador Paulo Pimentel disse que sai da Copel "convicto de haver prestado à empresa e à coletividade o melhor do meu esforço e empenho".

O desejo de Pimentel é retomar a administração das suas empresas, entre elas os dois jornais e quatro canais de TV que formam o grupo batizado com seu nome. "Ficarei até o final de janeiro para finalizar alguns assuntos, de forma a entregar ao meu sucessor uma empresa com o mínimo de pendências".

A decisão de se desligar da Copel após dois anos de gestão não implica distanciamento do governador Requião, afirmou Paulo Pimentel. "Pelo contrário, quero manifestar o meu mais sincero agradecimento a ele, um grande companheiro e amigo a quem continuarei sendo leal e a devotar todo o apreço, por me haver honrado com a oportunidade de dirigir a melhor empresa de energia elétrica do país e a maior companhia do Estado".

Recuperação

Paulo Pimentel foi empossado como 14.º presidente da Copel, no dia 7 de janeiro de 2003, com a missão de reerguer e recuperar a estatal que vinha de uma frustrada tentativa de privatização e do maior prejuízo de sua história: R$ 320 milhões no exercício de 2002.

Com os demais integrantes da diretoria, o ex-governador comandou a reunificação da empresa, que havia sido dividida em cinco subsidiárias. Também coordenou os trabalhos de renegociação de contratos e parcerias lesivos ao interesse da Companhia e do público, recolocando as finanças da Copel no azul: no final do exercício de 2003, a estatal apresentou lucro de R$ 171,1 milhões. Em 2004, o resultado disponível em 30 de setembro apontava lucro de R$ 297,7 milhões.