O prefeito Beto Richa assinou nesta quarta-feira (18) ordem de serviço para início de construção de 28 sobrados na Vila Parolin. A obra terá um custo de R$ 644 mil e faz parte de um projeto piloto para a atuação que a Prefeitura irá executar, por meio da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), no local para urbanizar e regularizar a área, que é a mais antiga ocupação irregular da cidade.

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"É mais uma demonstração da atuação da Cohab nos bairros mais carentes, com ações transparentes que vão modificar a cidade", disse o prefeito. "Essas obras representam uma revolução na política habitacional do município". Richa citou outros avanços no Parolin, como pavimentação de ruas e a entrega do Armazém da Família.

A ordem de serviço foi assinada no próprio terreno onde acontecerá a obra, na presença do presidente da Cohab, Mounir Chaowiche, do administrador regional do Portão, Fernando Guedes, e da presidente da Fundação de Ação Social, Fernanda Richa.

Cerca de 400 pessoas acompanharam a solenidade. Para o presidente da Associação de Moradores da Vila Parolin, Edson Pereira Rodrigues, a obra significa o início da realização de um antigo sonho da comunidade. "Todo mundo queria que a Prefeitura entrasse na área, para transformar esta Vila num bairro", disse ele. Aos 35 anos, Rodrigues, nasceu e sempre morou na Vila Parolin.

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Os sobrados serão construídos em terreno de 1.100 metros quadrados, numa quadra que está livre, localizada numa das extremidades da ocupação. As unidades terão frente para a avenida da República ou para a rua Daisy Luci Berno e vão atender famílias que hoje moram em situação de risco, na margem do córrego Vila Guaíra, que corta a área. Cada sobrado terá 43 metros quadrados e dois quartos.

Esta é a primeira vez que a Prefeitura executa uma obra com finalidade habitacional dentro da Vila Parolin. No início da gestão Beto Richa, foi feita a relocação de 25 famílias que moravam num trecho da Vila conhecido como Beco do Bassani – um fundo de vale onde as casas estavam praticamente dependuradas na margem do rio, sem qualquer segurança e sem a mínima condição de saneamento. As famílias foram transferidas para um loteamento regular da Cohab, o Moradias Monteiro Lobato, no Tatuquara.

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"A obra mostra a disposição do prefeito Beto Richa de atuar nas áreas mais críticas da cidade", diz o presidente da Cohab. O projeto global de intervenção que está sendo elaborado para a Vila Parolin, com atendimento de 1.500 famílias, prevê a urbanização, a melhoria das condições de moradia das famílias, a regularização fundiária e o acompanhamento social da comunidade. Para subsidiar o trabalho, foi elaborado um diagnóstico da área e levantado o perfil sócio-econômico da população.

A Vila Parolin é a mais antiga área de ocupação da cidade e surgiu, segundo documentos históricos, no início da década de 50. No começo, de acordo com moradores mais antigos, as casas foram construídas ao lado da antiga via férrea. Com o tempo, a ocupação se expandiu para terrenos próximos. De acordo com o cadastro sócio-econômico realizado pelo serviço social da Cohab na área no ano passado, a Vila Parolin tem 1.507 domicílios.