O novo modelo de assentamento da reforma agrária no Brasil começa a virar realidade. Na próxima segunda-feira, às 14h, representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Embrapa, Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Universidade Federal do Paraná (UFPR), organização não-governamental WWF Brasil e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se reúnem, na Superintendência do Incra no Paraná, para discutir a criação da Câmara Técnica de Gestão Ambiental do projeto de assentamento da Fazenda Araupel, em Quedas do Iguaçu. A área de 25 mil hectares está sendo adquirida pelo Incra e vai assentar 2 mil famílias.
A Fazenda Araupel vai inaugurar um novo modelo de assentamento da reforma agrária, combinando viabilidade econômica e preservação ambiental. Será administrada por um conselho de gestão tripartite envolvendo os governos federal, estadual e os assentados com uma gestão baseada em câmaras técnicas nas áreas ambiental; de geração de renda, inovações e comercialização; e qualidade de vida, direitos sociais e infra-estrutura. A reunião de segunda-feira representa o primeiro passo para a instalação do novo modelo de gestão.
A câmara ambiental tem como objetivo a preservação da área de reflorestamento da Fazenda Araupel, que tem cinco mil hectares de araucária, pinus e eucalipto. Em cada hectare há 1.300 árvores plantadas para fins comerciais cuja exploração será discutida pelo Incra e a Embrapa tão logo a compra da área seja concretizada.