Requião pede suspenção de contrato da Copel com termelétrica

O governador eleito do Paraná, senador Roberto Requião (PMDB), mandou hoje um ofício ao presidente da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, José Mário de Miranda Abdo, pedindo a imediata suspensão do contrato de compra e venda de energia firmado entre a Copel e a Usina Termelétrica Araucária. Segundo Requião, “os elevados custos da energia gerada pela Usina Termelétrica Araucária impõe ao novo governo a responsabilidade de avaliar em profundidade a conveniência do negócio”.

O governador eleito solicita ao presidente da ANEEL que a suspensão do contrato perdure até nova manifestação da diretoria da Copel que ele vai dar posse a partir do dia 1.º de janeiro do ano que vem. Requião diz que o seu pedido é feito em “defesa do interesse público”.

Para o novo governador, é desaconselhável a homologação do contrato neste momento, diante “das evidências de que o montante de energia contratada pela Copel atende às projeções de mercado”. Isso, mais os elevados custos da energia gerada pela Termelétrica Araucária, impõe ao novo governo “a necessidade de rever o planejamento de oferta e debanda da Copel, tendo em vista as prováveis mudanças do modelo do setor elétrico nacional e as alterações que incidirão sobre os contratos iniciais”, tendo em vista o Projeto de Lei aprovado no Congresso e que espera sanção presidencial.

Também hoje, o novo governador mandou ofício ao presidente da Copel, Ingo Hubert, pedindo a imediata suspensão de todas negociações de compra e venda de energia elétrica ou gás natural, “seja por meio de transações bilaterais, leilões, ofertas públicas e outras modalidades”. Segundo Requião, negociações de compra e venda de energia são desaconselháveis neste momento, já que a energia contratada pela Copel atende as projeções do mercado.

Em um almoço hoje, em Curitiba, para homenagear os que participaram do movimento contra a venda da Copel, Requião anunciou que vai reagrupar a empresa, hoje dividida em diversas fatias, reduzindo o número de diretores de 24 atuais para apenas seis.

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