Requião leva reivindicações do Sul ao ministro José Dirceu

O governador Roberto Requião reuniu-se, nesta segunda-feira (16), em Brasília, com o presidente do Senado, José Sarney. O encontro durou mais de uma hora e o governador relatou a Sarney os bons números da economia paranaense.

Requião citou, por exemplo, a abertura de mais de 60 mil novas empresas no Estado em um ano e meio de governo e a criação de mais de 450 mil empregos diretos e indiretos nesse mesmo período. “Essas duas informações retratam a recuperação da saúde do Paraná nesses primeiros 18 meses de governo”, disse o governador.

As medidas na área fiscal também foram ressaltadas por Requião. “As isenções e reduções de impostos estimularam a abertura de novas empresas e a criação de novos empregos”, disse. “Por conta dessas medidas, as empresas paranaenses tem uma sobrevida superior à média nacional”, completou.

Nesta terça-feira (17) Requião e os outros três governadores dos Estados do Codesul ? Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul ? se encontram com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu. “Vamos apresentar as reivindicações dos quatro Estados ao Governo Federal”, disse Requião.

O presidente do Senado, José Sarney, disse que espera que a reunião entre os governadores e o chefe da Casa Civil, “desate de vez o nó da liberação de recursos aos Estados”. Na agenda de terça-feira ainda está prevista uma reunião com o senador Antero Paes de Barros, presidente da CPI do Banestado.

Leilão

O governador Roberto Requião e o procurador-geral do Estado, que o acompanha na viagem a Brasília, também tiveram sua atenção voltada ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde o Paraná protocolou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) para evitar a realização do leilão da Petrobrás.

Botto ressaltou que o fato da Adin não ser julgada a tempo de barrar o leilão, previsto para ser realizado nos dias 17 e 18 deste mês, não preocupa o Governo do Paraná. “Existe um prazo, até 3 de dezembro, para assinatura dos contratos de compra dessas áreas que serão leiloadas. Portanto, ainda há muito tempo para a Adin ser analisada e decidir a legalidade ou não desse leilão”, disse o procurador. “A própria constitucionalidade da lei que permite o leilão está sendo questionada. A sua realização não quer dizer que o problema está encerrado”, completou.

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) recebeu inscrições de 24 companhias para a sexta rodada de licitações para exploração de petróleo e gás em 913 blocos, distribuídos em 12 bacias sedimentares, totalizando 202.739 quilômetros quadrados.
A maioria das empresas são gigantes mundiais na exploração de petróleo e que faturam mais de US$ 10 bilhões por ano, como a Amerada Hess, Encana, Epic (El Paso), Repsol, Shell, SK, Statoil e a francesa Total S.A.

O leilão que a ANP promove esta semana determina a venda das últimas províncias petrolíferas brasileiras. As vencedoras poderão exportar todo o petróleo encontrado sem a garantia de permanência do produto no país e pagando somente os impostos da operação.

Voltar ao topo