Por meio de decreto, o governador Roberto Requião determinou a desapropriação de imóveis rurais situados em General Carneiro, Região Sul do Estado, para a criação de unidade de proteção ambiental. A área total corresponde é de 1.185 hectares e será destinada à preservação de florestas remanescentes de araucária, promoção de pesquisa científica, conscientização ambiental e desenvolvimento de atividades educativas e de lazer.

Com a medida, o Governo do Estado também pretende melhorar a qualidade de vida dos moradores próximos ao local através do incentivo do desenvolvimento sócio-econômico sustentável regional. “Não são poucos os dispositivos constitucionais e legais a proteger o meio ambiente. No entanto, nossa realidade revela situação bem diversa: nosso Estado está calvo”, lamentou Luiz Eduardo Cheida, secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

A desapropriação da área foi pedida pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e pelo Instituto Ambiental do Paraná, preocupados com a preservação de espécies raras da fauna e da flora paranaense. Segundo Cheida, sem a preservação das florestas de araucária, a gralha azul, ave símbolo do Paraná, também corre risco de extinção.

O pinheiro-do-paraná, segundo a Escola de Florestas da Universidade Federal do Paraná, já se encontra extinto do ponto de vista genético. De acordo com estudos, a exploração seletiva dos melhores espécimes ao longo dos anos, somada aos desmatamentos e cortes predatórios, fez com que importante carga genética se perdesse. “A própria extinção física da espécie é quase uma realidade, como se constata pela sua presença na Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas no Paraná”, atestou o presidente do IAP, Rasca Rodrigues.

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