O governador licenciado do Paraná, Roberto Requião (PMDB), que tenta a reeleição, declarou finalmente o apoio à candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também busca reeleger-se. A declaração veio no horário eleitoral de ontem, um dia após Lula ter pedido, em comício em Curitiba, que aqueles que fossem votar nele votassem também em Requião. As principais lideranças do PMDB paranaense já estavam engajadas na campanha do candidato do PT e esperava-se apenas a decisão do governador.
"Todo Paraná sabe que o presidente Lula é meu amigo pessoal. Durante um período de seu governo eu tive alguma divergência com a política econômica do governo federal. Mas sempre ressaltei a seriedade e a firmeza de caráter do presidente da República. O presidente vem ao Paraná e declara apoio a minha candidatura. É muito importante que o governo do Paraná tenha um contato perfeito, um contato eficiente com o presidente da República. Meus irmãos, acho que isso define minha posição", declarou Requião.
Mas, continuando no tom agressivo em que se transformou o horário político, os coordenadores da coligação Paraná Forte (PMDB/PSC) apresentaram o prontuário de uma sobrinha do candidato da coligação Paraná de Verdade (PDT/PSB/PP/PTB/PTC/PMN/PTN/PT do B/Prona), senador Osmar Dias (PDT). Segundo os adversários do senador, ela foi atendida no Hospital de Clínicas de Curitiba em 2004, para uma cirurgia de redução de estômago, "furando" a fila com a interferência do tio. Hoje, Dias disse que ela já estava na fila havia quatro anos e que estava correndo risco de morte, por isso intercedeu a um médico que é seu amigo. "Acredito que seria um gesto de canalhice deixar uma sobrinha morrer sem atendimento", afirmou.