Requião criticou vereadores que querem privatizar o saneamento em Londrina

O governador Roberto Requião criticou a iniciativa de alguns vereadores de Londrina que querem impedir a renovação do contrato de concessão do serviço de abastecimento e saneamento com a Sanepar. ?Não posso imaginar pecado maior do que tentativa de transformar a água em objeto de lucro?, destacou. A crítica foi feita na sexta-feira (23), durante o lançamento da operação Viva o Verão naquela cidade.

Requião elogiou a atitude do prefeito Nedson Micheleti frente ao projeto que, segundo ambos, abre portas à privatização. O Governador condenou firmemente a postura do grupo de vereadores que alterou o projeto proposto pelo Executivo Municipal para renovar o contrato de concessão com a Sanepar, sinalizando a possibilidade de licitar o serviço com a participação de empresas privadas.

Os investimentos realizados em Londrina, através da Sanepar, somam R$ 122 milhões. ?Eles traduzem não só o respeito pela população, mas, também, a solidez da parceria existente entre o governo e a administração de Nedson?, disse Requião, completando que a privatização não é compatível com a saúde e o direito do cidadão de acesso a água. Requião lembrou que uma empresa pública, como a Sanepar, não tem lucro e apenas cobra o custo para a execução dos serviços.

O prefeito por sua vez acredita que o povo de Londrina não vai aceitar que se privatize o saneamento na cidade. ?Irei vetar este projeto e água permanecerá de Londrina. Nós faremos este serviço através da Sanepar que presta um serviço de excelente qualidade para a nossa cidade?, garantiu.

Ele afirma que há um ano e meio, quando mandou o projeto para a renovação da concessão do saneamento em Londrina, se posicionou contra a privatização do serviço. Segundo Nedson, o que se quer é que o serviço continue sendo realizado pela Sanepar com gerenciamento do contrato pela Prefeitura.

Para o presidente da Sanepar, Stênio Jacob, os objetivos do projeto da Câmara de Vereadores de Londrina não estão muito claros. Ele lembrou que a Empresa já tem como renovado o contrato através do aditivo assinado em 1996 que, inclusive foi referendado pelo Legislativo da época.

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