Favorável ao desarmamento da população, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), participou hoje (21) pela manhã de solenidade, na Igreja Evangélica de Confissão Luterana, em Brasília, de destruição de armas de fogo. Acompanhado da mulher Verônica, o presidente do Senado destruiu uma pistola 765, entregue pelo coronel aviador da Aeronáutica, Heinz Gramkow. "O Brasil é campeão mundial de assassinatos por arma de fogo. Todas às vezes que se tira as armas de circulação a criminalidade diminui", argumentou Renan, que foi relator do Estatuto de Desarmamento e do projeto de decreto legislativo que prevê a realização de referendo popular sobre a comercialização de armas de fogo. O presidente do Senado está confiante de que a Câmara aprovará em breve o projeto do referendo, previsto para ser realizado no primeiro domingo de outubro, dia 02.

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Segundo Renan, existem hoje 20 milhões de armas ilegais no Brasil, das quais apenas 300 mil foram entregues à destruição até agora. "Não estamos desarmando os bandidos. Isso é tarefa da polícia", observou o presidente do Senado. "O sucesso da campanha está ligado à mobilização da população", completou. Renan afirmou que 78% dos crimes no Brasil são praticados com armas leves e têm como pano de fundo motivos fúteis.

O pastor Carlos Müller, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana, foi o primeiro a entregar sua arma: uma carabina, calibre 32, que herdou do pai. O aviador Heins Gramkow entregou três armas: duas pistolas e um revólver 38, além de munição. "Entreguei todas as armas que tinha em casa", disse o aviador.

Hoje (21), foi realizado um mutirão em 250 igrejas de 22 Estados para recolher e destruir armas de fogo. Por cada arma entregue, o governo pagará entre R$ 100 e R$ 300.

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