PT articula reaproximação com o presidente Lula

A cúpula do PT quer marcar um encontro com o presidente reeleito Luiz Inácio Lula da Silva, em novembro, para definir como será o relacionamento do partido com o governo no segundo mandato. Convictos de que o PT vive um bom momento após a recondução de Lula ao Planalto e a conquista de cinco governos estaduais, dirigentes do partido querem selar a reaproximação com o presidente e negam que estejam preocupados com a redução do espaço petista na montagem do novo ministério de Lula.

"O PT sai muito unido dessa eleição do ponto de vista político", diz o presidente do PT, Marco Aurélio Garcia, que coordenou a campanha de Lula depois do afastamento do deputado Ricardo Berzoini (PT-SP). "Nós estamos bem e o partido não termina essa campanha sob suspeita.

O balanço da campanha será feito hoje em reunião da Executiva Nacional do PT , em Brasília. O secretário-geral adjunto do partido, Joaquim Soriano, afirma que a campanha de Lula, no segundo turno, reaproximou-se do programa ‘histórico’ do PT ao atacar as privatizações de estatais. "A reaproximação política e programática faz parte da agenda que queremos discutir com Lula" comenta Soriano. "Não será uma reunião para discutir cargo, mas sim, o projeto para o Brasil e vamos levar a ele o nosso apoio." Atualmente, o PT comanda 15 dos 34 ministérios.

Na festa da vitória, Lula agradeceu aos militantes do PT, mas mandou um recado para a cúpula. "Não temos o direito ético, moral e político de cometer erros daqui para a frente". O problema é que, até agora, apesar da ‘expulsão política’ dos quatro ‘aloprados’ que participaram da compra do dossiê Vedoin, o destino dos petistas ainda não foi discutido. Além dessa pendência, o PT não promoveu ainda o acerto de contas com os deputados que ganharam a pecha de ‘mensaleiros’.

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