PSTU está de portas abertas para petistas, diz Zé Maria

O presidente nacional do PSTU, José Maria de Almeida, o Zé Maria, afirmou hoje, em São Paulo, que seu partido está de portas abertas para eventuais petistas insatisfeitos com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Zé Maria disse ainda que também está em pé sua proposta de formação de uma nova legenda de esquerda no Brasil, que abrigaria radicais do PT e integrantes de seu partido. 

“Acreditamos que, com a guinada do PT no governo, há espaço para formação de um novo partido de esquerda”, disse o dirigente, após participar de reunião na Central Única dos Trabalhadores (CUT) com o ministro da Previdência Social, Ricardo Berzoini. “Também poderemos receber os companheiros no PSTU”, afirmou Zé Maria, referindo-se à possibilidade de os radicas do PT serem expulsos por causa de divergências com o governo Lula.

Zé Maria dá razão aos petistas descontentes. “Defender uma bandeira de esquerda não é defeito”, diz. “O defeito é defender uma coisa a vida inteira e, quando chegar no governo, fazer outra.”

Collor

O PSTU foi formado depois que a Convergência Socialista, uma corrente interna de tendência trotskista, foi expulsa do PT, em fevereiro de 1992. A gota d?água para a expulsão foi o fato de a corrente ter desobedecido à decisão da direção nacional da legenda, que era contra fazer uma campanha de crítica ao então presidente com a frase “fora Collor”.

Isso ocorreu meses antes de Pedro Collor, irmão do então presidente Fernando Collor, detonar o processo que levou ao impeachment. Além disso, a Convergência se recusava a cumprir outras determinações do partido, como não ter finanças e jornal próprios, decisão tomada em congresso do PT que deveria ser seguida por todas as correntes internas. Além de integrantes da CS, o PSTU abriga militantes de outras pequenas correntes da antiga ultra-esquerda petista.

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