O PSDB ainda está cauteloso ao explorar o escândalo da compra de dossiê contra José Serra e Geraldo Alckmin na propaganda eleitoral na TV. O caso envolveu um assessor direto da Presidência da República. A idéia é não ‘vitimizar’ o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e não dar motivos para que a Justiça Eleitoral aceite eventual pedido de direito de resposta do adversário. "Isso seria muito ruim", disse um estrategista da campanha.

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Por conta da prudência, os principais líderes do PSDB consideraram tímido o tratamento do assunto no programa que foi ao ar hoje no horário do almoço. Só nos minutos finais é que o apresentador fez comentários sobre o escândalo e perguntou de onde vem o dinheiro, numa referência aos R$ 1,7 milhão encontrados com pessoas ligadas ao PT. Uma delas, Gedimar Passos acusou o assessor Freud Godoy como o responsável pela compra do dossiê contra os tucanos. A oposição avalia que a denúncia poderá ter repercussão positiva para Alckmin, consolidando a tendência de a disputa ser definida no segundo turno.

O coordenador geral da campanha, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) admitiu nesta terça-feira (19) que os escândalos geram um novo estímulo à campanha. "Esse fato novo cria um novo estímulo pois desestrutura o PT e o presidente Lula naquilo que eles têm de mais precário: a questão ética." Segundo ele, ainda não dá para especular os reflexos eleitorais desse escândalo. "Mas seguramente só pode ser negativo para Lula e o PT" ,concluiu.

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