A Executiva Nacional do PSDB decidiu na sua reunião de hoje (06), declarar
"solidariedade incondicional" ao prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PFL), e
rejeitar a intervenção federal no sistema de saúde pública municipal. A
Executiva considerou a intervenção "uma ação eminentemente política, uma atitude
de truculência" por parte do Ministério da Saúde, "que lançou mão de
instrumentos inconstitucionais, sem levar em consideração o interesse maior da
população fluminense, qual seja o de melhorar as condições de atendimento nos
hospitais públicos".
Na reunião, o secretário de Saúde do Rio, o tucano
Ronaldo Cezar Coelho fez um relato considerado dramático pelos participantes.
Segundo Coelho, a intervenção atropelou uma negociação que se desenrolava havia
dois anos entre o município e a União para o equacionamento da dívida do
Ministério da Saúde com a Prefeitura do Rio, estimada em R$ 192 milhões. "A
atitude do governo federal não disfarça seu viés eleitoreiro, ao coincidir com a
postulação do prefeito Cesar Maia em favor de uma possível candidatura à
Presidência da República pelo seu partido, o PFL. Mais que isso, serviu às
conveniências políticas do partido hoje no poder federal, desejoso de resolver
problemas internos, à revelia do atendimento a interesses da população", afirma
a nota.