PSB nega acusações e critica ?irresponsabilidade? de membro de CPI

Brasília – O presidente do PSB, o ex-ministro Roberto Amaral, reagiu as declarações do sub-relator da CPI dos Sanguessugas, deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), que acusou o partido de montar esquema de desvio de recursos do Programa de Inclusão Digital. Após xingar Gabeira, Amaral questionou as acusações.

"Fui ministro de 2003 à primeira semana de 2004. Não havia dotação orçamentária alguma para o Programa de Inclusão Digital. Também conversei com o Eduardo Campos (seu sucessor no Ministério) que disse não ter firmado convênios específicos, mas sim de forma geral", afirmou. Roberto Amaral disse que nesta terça-feira (8) vai estar em Brasília para conversar com o presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), para saber se existe alguma coisa contra o PSB. Informou, também, que vai interpelar judicialmente o deputado.

O deputado Paulo Baltazar também negou as acusações de que teria comprado irregularmente ônibus do programa de inclusão digital. Segundo Gabeira, existiriam ônibus que teriam sido comprados irregularmente através de emendas apresentadas pelo ex-líder do PSB, deputado Paulo Baltazar. "Apenas apresentei a emenda e não tenho qualquer responsabilidade sobre o processo de licitação e prestação de contas?, critica o parlamentar do PSB.

Em nota, o líder do PSB, deputado Alexandre Cardoso (RJ), também afirma que Gabeira erra ao acusá-lo e também ao ex-líder Renato Casagrande (ES) de destinarem emendas orçamentárias para o Programa . Afirma que "nenhum dos dois parlamentares socialistas apresentaram emendas nesse sentido em qualquer época". Ele também afirma que lamenta o uso da CPMI "para funções eleitoreiras que podem beirar as raias da irresponsabilidade".

Rodrigo Rollemberg, em nota à imprensa, afirma que o Ministério executou emendas parlamentares de todos os partidos e que nos convênios realizados cabe às prefeituras ou instituições realizarem diretamente as licitações. Rollemberg enfatiza que no depoimento à justiça federal, o empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin, sócio da Planam, ?diz que no MCT não existia nenhum servidor que estivesse colaborando com o interrogado". O ex-secretário se coloca à disposição da CPI para prestar esclarecimentos e informa que é favorável ao aprofundamento das investigações e punição dos responsáveis.

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