Produção de bens de capital mantém tendência de crescimento

As quedas apresentadas na produção de bens de capital em setembro, na comparação com agosto (-2,1%) e com setembro do ano passado (-0,4%), não foram suficientes para reverter a tendência de crescimento dessa categoria, segundo sublinhou o chefe da coordenação de indústria do IBGE, Silvio Sales. Ele argumentou que o índice de média móvel trimestral, considerado o principal indicador de tendência, mostrou crescimento na produção de bens de capital de 0,6% no trimestre encerrado em setembro ante o terminado em agosto, resultado melhor do que a variação zero apresentada pela indústria em geral nesse indicador.

Segundo Sales, as quedas em setembro respondem a uma característica do segmento de bens de capital de apresentar trajetória de produção "muito oscilante". Ele explicou que "um aspecto favorável dos números de setembro é a manutenção do destaque de bens de capital em diversos indicadores, exceto na passagem de agosto para setembro, e a queda (ante mês anterior) não mostra reversão na tendência de crescimento dos investimentos".

Sales sublinhou que, além da expansão no indicador de média móvel trimestral, a produção de bens de capital cresceu acima da média da indústria no terceiro trimestre, tanto na comparação com igual trimestre do ano anterior (5,1%) quanto ante o segundo trimestre deste ano (2,6%).

Ele destacou também a reversão na trajetória de queda trimestral na produção de bens de capital para indústria, que mostra expansão de investimentos no setor industrial. No terceiro trimestre deste ano houve aumento de 9,1% na produção de bens de capital para indústria em relação a igual trimestre do ano anterior, ante uma queda de 3,9% nessa base de comparação no segundo trimestre e um recuo de 1,9% no primeiro trimestre.

Por outro lado, os bens de capital para agricultura continuam apresentando péssimo desempenho e registraram queda de 24,8% na produção no terceiro trimestre ante o terceiro tri de 2005, após quedas de 19,8% no segundo trimestre e recuo de 18,6% no primeiro trimestre.

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