Produção de alimentos cresceu 5,18% no primeiro semestre

A produção física de alimentos industrializados subiu 5,18% no primeiro semestre deste ano frente igual período de 2003, de acordo com a pesquisa conjuntural realizada pela Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia). O grande destaque foi o mês de junho, em que a alta chegou a 11,95% em relação a maio, deflagrando o processo de recuperação da economia brasileira.

“Embora alguns setores já estivessem registrando esse fluxo de retomada da economia brasileira há dois ou três meses, o setor de alimentação só conseguiu percebê-lo claramente agora” afirma o diretor-econômico da Abia, Denis Ribeiro. “O mais interessante é que apenas 20% desse crescimento se deu por demanda do mercado externo, o que prova que o Brasil realmente está se recuperando.”

As vendas reais do setor, deflacionadas pelo índice de alimentos industrializados e semi-elaborados da Fipe, aumentaram 4,28% de janeiro a junho em comparação com a primeira metade de 2003. Frente a maio, as vendas de junho subiram 8,59%. Na avaliação de Ribeiro, esse desempenho positivo se explica pela queda das taxas de desemprego, pela recuperação gradual de renda dos consumidores brasileiros e também pelo aumento das exportações.

Os levantamentos da Abia apontam para uma melhora de 45% nos embarques realizados ao longo do primeiro semestre deste ano ante os seis primeiros meses de 2003. O faturamento com as remessas externas de alimentos industrializados somaram US$ 7,7 bilhões d e janeiro a junho e, pelas previsões da Abia, devem totalizar R$ 14 bilhões até o fim do ano, contra os R$ 12,3 bilhões aferidos no exercício anterior.

O cenário positivo contribuiu para que a capacidade instalada do setor fosse melhor ocupada. Em maio, a ociosidade chegava a 30,38%, percentual que em junho ficou em 27,4%. Apesar da melhora, a Abia avalia como sendo muito cedo para se falar em novos inv estimentos para ampliações de fábricas. “Se a demanda exigir novas elevações no ritmo de produção, a indústria poderá se adequar aumentando turnos ou ocupando melhor sua capacidade”, aponta Ribeiro.

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