Produção da indústria do Paraná cresce há 18 meses, diz IBGE

O indicativo do IBGE de que a produção das indústrias do Paraná cresce há 18 meses consecutivos reflete um dos melhores momentos da economia do Estado. A análise é do presidente do Ipardes, José Moraes Neto. “O fortalecimento da agroindústria paranaense, a busca dos exportadores locais por novos mercados e estímulos de natureza tributária são alguns dos fatores que estão puxando esse crescimento”, avalia.

Segundo o levantamento do IBGE, o aumento da produção industrial no Paraná em maio foi de 2,4%. No acumulado do ano, a elevação foi de 6,4% e nos últimos 12 meses, de 6,3%. “O crescimento do mês pesquisado só não foi maior porque a base de comparação, maio de 2003, já havia apresentado uma alta taxa. Quer dizer: o Paraná cresceu menos mas sobre um índice já grande”, acrescenta Moraes Neto.

Ainda na análise do presidente do Ipardes, o índice também poderia ter sido melhor se não fosse a queda de cerca de 40% no refino do petróleo, causada por uma parada técnica na Refinaria Getúlio Vargas (Repar), em Araucária. A paralisação de 100 dias ocorreu para que a refinaria realizasse serviços de manutenção. O peso da Repar na economia do Paraná é calculado em algo próximo a um quarto do PIB do Estado.

Segmentos

O resultado do crescimento da produção em maio foi atribuído a nove segmentos industriais. Os destaques ficaram com os setores de veículos automotores (21,2%) e edição e impressão (66,4%) que, mesmo não sendo os de maior peso no conjunto da indústria do Estado, responderam pelos principais impactos positivos na composição da taxa global.

Por outro lado, além da redução no refino do petróleo, pressionou negativamente a indústria geral do Paraná, o segmento de alimentos, que sofreu uma queda no mês de 6,3%. Neste caso, aponta ainda o IBGE, a redução se deveu a base de comparação bastante elevada em maio de 2003.

No que se refere à produção acumulada no ano, três segmentos tiveram destaque: veículos automotores (24,3%), madeira (23,4%), edição e impressão (25,6%) e alimentos (5,3%). Por outro lado, refino de petróleo e produção de álcool (-11,3) responderam pela principal pressão negativa na formação da taxa total

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