Procurador diz que não há indícios para incriminar Blat

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo Pinho, afirmou que não há indícios para incriminar o promotor José Carlos Blat. A declaração foi dada à reportagem da Rádio Bandeirantes de São Paulo. Reportagem publicada pela revista ‘Veja’ desta semana revelou que o promotor está sendo investigado pela Corregedoria do Ministério Público.

Em uma das apurações, descobriu-se que uma seguradora de veículos indicava a Blat quais desmanches deveriam ser invadidos e quem deveria ser preso. O promotor também foi acusado de proteger o empresário chinês Law Kin Chong, preso em São Paulo e considerado o maior contrabandista do País.

Em 2002, quando participou de uma força-tarefa antipirataria, José Carlos Blat teria dirigido o foco da investigação a pequenos contrabandistas, deixando Law livre para atuar. Sobre o promotor pesa ainda a suspeita de usar veículos e funcionários do Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Graeco) para interesses pessoais.

As investigações descobriram ainda que o promotor mora num apartamento de Alfredo Parisi, que já foi condenado por financiar o jogo do bicho. O procurador-geral Rodrigo Pinho declarou que "tem certeza sobre a falta de indícios contra o promotor". Por isso, assegurou, arquivou as investigações. Para Rodrigo Pinho, que pretende se reeleger no cargo de procurador-geral, as denúncias contra Blat podem ter objetivo eleitoral.

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