Procon apura primeira queda nos juros bancários no ano

São Paulo (AE) – Pesquisa mensal divulgada nesta quinta-feira pela Fundação Procon-SP apontou em outubro o primeiro comportamento de queda de 2005 nas taxas de juros cobradas pelos bancos. Segundo o levantamento, realizado nos dias 4 e 5 com dez instituições financeiras, a taxa média de empréstimo pessoal foi de 5,42% ao mês, o que representou ligeiro decréscimo, de 0,04 ponto porcentual, em relação a setembro. A taxa média de cheque especial permaneceu em 8,32% ao mês, sendo que, sem o arredondamento de casas decimais, foi de 8 315% ao mês, ante a taxa de 8,317% ao mês em setembro. As taxas equivalentes ao ano, em outubro de 2005, foram de 88,46% e 160 77%, respectivamente.

Na avaliação da Fundação Procon-SP, a pesquisa revela uma "inversão na trajetória" das taxas de juros bancários, como reação ao corte, de 0,25 ponto porcentual, promovido em setembro pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na taxa básica de juros. De acordo com o órgão, que é ligado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, outubro apresentou a primeira queda da taxa média do empréstimo pessoal desde dezembro de 2004, quando passou de 5 25% para 5,22%. No cheque especial, apesar de, tecnicamente, a taxa média ser a mesma do mês passado, os analistas da Fundação Procon-SP destacam que é possível dizer que esta foi a primeira queda desde agosto de 2004, quando a taxa passou de 8,00% para 7 99%.

Em outubro de 2005, a maior taxa de cheque especial foi cobrada pelos bancos Itaú, Banespa e Santander (8,50% ao mês) e a menor foi verificada na Caixa Econômica Federal (7,95% ao mês). Nenhuma elevação foi constatada nesta modalidade e apenas o Bradesco promoveu redução, de 8,33% para 8,31% ao mês, o que representou decréscimo de 0,02 ponto porcentual e variação negativa de 0,24%, em relação à taxa de setembro.

Quanto ao empréstimo pessoal, o Itaú novamente apareceu como instituição com a taxa mais expressiva (5,95% ao mês) e a Nossa Caixa apresentou a mais baixa (4,25% ao mês). Nesta modalidade de crédito, também não foi constatada nenhuma alta e quatro bancos promoveram diminuição na taxa.

No Banco Real, onde a taxa estava em 5,90% ao mês em setembro, a redução foi de 0,20 ponto porcentual e a variação, de -3,39%. A Caixa Econômica Federal modificou de 5,28% para 5 10% ao mês (-0,18 ponto porcentual e variação negativa de 3 41%). O Bradesco alterou de 5,87% para 5,85% ao mês (-0,02 ponto porcentual e variação negativa de 0,34%). Já o HSBC, reduziu de 5,07% para 5,06% ao mês, o que representou decréscimo de 0,01 ponto percentual (-0,20%), em relação à taxa do mês anterior.

Os técnicos da Fundação Procon-SP observaram que, em virtude da possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal pelo prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses como base, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo. Os dados coletados referem-se a taxas máximas prefixadas para clientes não-preferenciais, sendo que, para o cheque especial, foi considerado o período de 30 dias. As instituições pesquisadas pela Fundação Procon-SP em outubro de 2005 foram o HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander, Nossa Caixa, Real e Unibanco.

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