Processo contra Severino segue agora para a justiça comum

Com a renúncia, o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), está livre do processo no Conselho de Ética e Decoro apresentado por vários partidos pedindo a cassação de seu mandato.

No entanto, a apuração das denúncias que estão no Supremo Tribunal Federla (STF) passarão para a justiça comum, já que, com a renúncia, o deputado perde o foro privilegiado. Mesmo assim, Severino disse no discurso de renúncia que vai provar a inocência e que vem sendo vítima de acusações sem fundamento.

Severino Cavalcanti acusou o empresário Sebastião Buani de "empresário desastrado, mentiroso e devedor dos cofres públicos". Segundo ele, a "elitezinha, que não quer jamais largar o osso, insuflou contra mim seus cães de guerra, arregimentando forças na academia e na mídia com a versão caluniosa de um empresário que precisava de mentiras para encobrir as dívidas crescentes de seu restaurante".

O deputado falou que sua gestão de sete meses teve inúmeras realizações e citou a aprovação de matérias, como o Projeto de Lei da Biossegurança, a emenda chamada PEC Paralela, que beneficia trabalhadores de baixa renda e a inclusão de donas de casa como beneficiárias da Previdência Social, além do Projeto que dá direito à acompanhante às mães na hora do parto.

Ele disse que nesses meses fez uma economia de R$ 120 milhões, sendo que R$ 10 milhões teriam vindo dos cortes de verbas de publicidade. Severino disse que entrou na vida pública como empresário bem sucedido e que agora vai viver da aposentadoria como deputado estadual de Pernambuco, por oito mandatos. Ele não terá direito a qualquer aposentadoria da Câmara federal, onde cumpria o terceiro mandato, porque retirou toda a contribuição para pagar dívidas de campanha.

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