A Polícia Federal prendeu ontem (13) o 32º indiciado na Operação Saúva, completando os mandados de segurança expedidos na sexta-feira em seis Estados do País. O capitão do Exército José Ilídio Quincas foi detido em Manaus, depois de chegar de uma viagem de férias à França. O capitão, como os outros nove membros do Exército envolvidos, são acusados de dar informações privilegiadas sobre licitações para alimentos nos quartéis, além de vender gêneros alimentícios indevidamente à instituição.
Um alvará de soltura expedido pelo juiz Ricardo Augusto Salles beneficiou o capitão do Exército Henrique Botelho, solto hoje de manhã. O delegado responsável pelas investigações considerou que o capitão já tinha colaborado com seu depoimento. O capitão Fábio Capechi também deve ser solto hoje pelo mesmo motivo.
O esquema batizado de Operação Saúva envolveu 30 empresários e funcionários públicos e, entre eles, 10 militares reformados e da ativa. Eles são acusados de participar de uma quadrilha que fraudava licitações públicas de gêneros alimentícios no Amazonas.
Dos 32 presos, 23 foram detidos em Manaus. No Amazonas, em um ano, a Polícia e a Receita Federal apuraram terem sido fraudadas licitações e realizadas compras superfaturadas de mais de R$ 126 milhões em alimentos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), pelo Exército brasileiro, pelo governo estadual e pelas prefeituras da capital e de Presidente Figueiredo.