Rio de Janeiro – O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Demian Fiocca, afirmou nesta sexta-feira (15) que o desempenho da instituição em 2006 cresceu menos do que em 2005, em função do resultado negativo registrado no primeiro trimestre do ano (-28,4%). No acumulado até novembro a alta foi de 5% e só no último trimestre atingiu 21,6%. "Há oito meses o banco está crescendo bem e, na comparação com os mesmos trimestres de 2005, vem se acelerando", comentou Fiocca.
O desembolso, esclareceu, não depende apenas do desempenho do BNDES, ?depende do andamento de cada projeto?. Alguns desses projetos se estendem por mais de dois anos, com desembolsos de recursos por períodos. "Uma vez aprovados os projetos, o desembolso dos recursos depende do ritmo do próprio empreendimento", disse Fiocca.
De janeiro a novembro deste ano, as aprovações cresceram 23% e totalizaram R$ 61,3 bilhões. ?Do ponto de vista operacional, continuamos em um ritmo bastante forte e isso contribui para a expectativa de que a economia vai se acelerar no próximo ano e de que os investimentos privados, os principais apoiados pelo BNDES, vão continuar crescendo?, disse Fiocca.
O presidente do BNDES reconheceu que o orçamento estimado para investimentos este ano não atingirá a meta prevista de R$ 55 bilhões, contra os R$ 60 bilhões iniciais, devendo situar-se em torno de R$ 50 bilhões. No ano passado, foram liberados R$ 47 bilhões. "Isso não deve ser visto como uma insuficiência. O orçamento é um limite máximo para emprestar", esclareceu.