O presidente do ABN Amro Brasil, Fabio Barbosa, negou nesta segunda-feira (23) a possibilidade de venda das operações do banco no País após o anúncio do acordo anunciado entre a instituição e o Barclays. O negócio foi avaliado em 45 bilhões de libras esterlinas, ou cerca de R$ 185 bilhões. "Essa posição, que já era conhecida por nós, foi confirmada nesta segunda-feira pelo executivo-chefe do banco Barclays, John Varley", ressaltou.

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Barbosa classificou a operação – caso seja concretizada – como positiva para a instituição. "Podemos fazer parte de uma organização muito mais forte", afirmou. Ele destacou particularmente a atuação do Barclays nas áreas de mercado de capitais e asset management.

O executivo ponderou que a assembléia de acionistas que aprovará a operação acontece apenas em agosto. "O que houve hoje foi apenas uma recomendação da diretoria do ABN a favor da aprovação do negócio." Até lá, nada muda no Brasil para os clientes, fornecedores e funcionários da instituição, assegurou.

O mesmo entendimento é válido com relação à própria permanência dele à frente do banco. "Nada muda em nenhum aspecto pelo menos até agosto." Em defesa de sua gestão, ele destacou as conquistas da instituição no País, como a conquista da terceira colocação entre os maiores bancos privados, além do constante crescimento nos resultados.

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O presidente do ABN Amro Brasil negou qualquer relação entre a venda da área de private banking na América Latina para o Itaú, anunciada na semana passada, com um possível plano da instituição de se desfazer dos demais ativos na região. "A negociação foi feita de forma independente e já vinha sendo tratada há pelo menos três meses", afirmou.

Barbosa preferiu não comentar a possível existência de ofertas específicas para a compra dos ativos do ABN no País. "Existe muita especulação sobre assunto. O que sei é que as negociações entre os dois bancos aconteciam de forma exclusiva." O mercado aponta os brasileiros Itaú e Bradesco, além dos estrangeiros HSBC e Santander, como potenciais compradores. As operações do ABN no Brasil incluem os bancos Real, Sudameris e Bandepe, além da financeira Aymoré.

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