Preço da cesta básica caiu em 12 capitais pesquisadas pelo Dieese

O preço da cesta básica caiu em abril em 12 das 16 capitais pesquisadas mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese). A pesquisa divulgada hoje revelou que as principais altas de preço foram nas cidades de Curitiba (1,20%), Belém (0,99%), Recife (0,48%) e Porto Alegre (0,15%). As quedas mais significativas ocorreram em Fortaleza (-4,46%), Natal (-3,21%), Rio de Janeiro (-3,14) e Florianópolis (-3,14%).

Mesmo com queda de 1,17% em relação à apuração passada, São Paulo apresentou a cesta mais cara do país, de R$ 165,00. Com exceção apenas de Porto Alegre (R$ 164,05), todas as demais localidades tiveram custo inferior a R$ 160,00 para os produtos da cesta. Os menores valores foram verificados em Recife (R$ 136,47), Fortaleza (R$ 137,23) e Salvador (R$ 137,25).

No acumulado do primeiro quadrimestre, apenas o Rio de Janeiro (-1,58) e as capitais da região Sul do país registraram variação negativa: Florianópolis (-3,19%), Porto Alegre (-2,99%) e Curitiba (-1,82%). Já no acumulado do ano houve queda em todas as 16 capitais pesquisadas. Em 12 meses, as principais quedas foram Florianópolis (-13,05%), Rio de Janeiro (-11,32%), Porto Alegre (-11,15%), São Paulo (-11%) e Aracaju (-10,88%).

Dos treze itens que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais, seis registraram queda na maioria das capitais pesquisadas, entre eles o arroz, o tomate e a carne. E quatro, como o óleo e o açúcar, tiveram alta. No mesmo período de 2003, a situação era inversa e a maioria dos preços apresentava alta.

Segundo o Dieese, o preço do tomate, que nos últimos dois meses deixou de subir, manteve a tendência de queda e registrou variações negativas muito expressivas. O arroz, em época de colheita, deve voltar a ter alta de preços com o fim da safra. O mesmo acontece com a carne que, por causa do aumento do consumo mundial do produto e da diminuição dos rebanhos no exterior, não deve manter a retração por muito tempo. A influência das vendas no exterior já pode ser percebida em produtos como o açúcar que, com aumento significativo em suas exportações, apresentou alta de preço no mercado interno.

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