Porto de Paranaguá embarca 96,7 mil toneladas num só dia

O Porto de Paranaguá embarcou quinta-feira 96,7 mil toneladas de soja e derivados, o equivalente à carga transportada por cerca de 3 mil carretas. Segundo Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), o resultado demonstra a eficiência do maior terminal paranaense.

“Os números comprovam que um porto público pode ser eficiente e competitivo”, afirma o superintendente da Appa, Eduardo Requião. “Também contrariam o que os privativistas divulgam, buscando abafar seus reais interesses em detrimento do fortalecimento da economia do Paraná e do Brasil”.

O superintendente argumenta também que a grande movimentação do Porto de Paranaguá prova que o terminal paranaense tem tarifas competitivas em relação aos terminais particulares e outros portos públicos do país.

Silão

Para deixar cargas no silo público, o chamado “silão”, que possui capacidade estática de armazenamento de 100 mil toneladas, o exportador paga aos operadores portuários privados cerca de US$ 4,20 por tonelada.

Deste total, são repassados para a Appa ? a título de tarifa para pagamento da sua infra-estrutura do sistema público ? US$ 1,16 por tonelada. Mais US$ 1,01 é destinado para empresas privadas que prestam serviços terceirizados agregados à operação.

Nesta conta, resta aos operadores portuários “sem-teto” (aqueles que não possuem estrutura para armazenagem e, por isso, utilizam o silão) um total de US$ 2,03 por tonelada, valor revertido ao pagamento de serviços como gerenciamento de espaço nos terminais, despesas administrativas, seguros e impostos.

Particular

Já no sistema privado, os terminais ligados ao Corredor de Exportação cobram US$ 6,50 dos exportadores, sendo que, deste total, US$ 0,53 são para pagamento de tarifas para a Appa e US$ 2,62 para os serviços cobrados por empresas particulares. O lucro por tonelada revertido aos operadores privados chega a US$ 3,34 por tonelada.

O levantamento da Appa menciona ainda que, na composição dos custos dos terminais privados, são considerados custos de capital, amortizações de investimentos, além de despesas administrativas e operacionais como mão-de-obra, energia elétrica, manutenções, seguros e impostos.

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