Wagner nomeia secretários de cinco novas pastas na BA

O governo baiano anunciou hoje, no Diário Oficial, a nomeação dos titulares de cinco novas secretarias e de um chefe de gabinete. Eles tomam posse amanhã. Além disso, tirou da secretaria responsável pelo acompanhamento das obras da Copa do Mundo de 2014 a condição de “extraordinária” – a Secopa passa a ser fixa até dezembro de 2014.

Entre as contratações e demissões, o governo vai agregar mais 174 funcionários comissionados à folha de pagamento estadual. A reforma administrativa, apresentada pelo governo à Assembleia em 11 de abril, foi aprovada no dia 27 e sancionada ontem, pelo governador Jaques Wagner (PT). Genericamente, o governo alega que as mudanças foram necessárias para “melhorar e modernizar” a administração e para “atender as políticas públicas definidas para os próximos anos”.

O custo mensal fixo das alterações é de R$ 543 mil, sem contar eventuais gratificações, o que levou a oposição a fortes ataques – o governo anunciou, no início do ano, contingenciamento de R$ 1,06 bilhão no orçamento estadual. A reforma também serve para acomodar aliados descontentes. O principal exemplo é o de Veralúcia da Cruz Barbosa, dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e integrante da Via Campesina e da Coordenação Nacional dos Movimentos Sociais (CMS).

Conhecida como Lucinha do MST, ela assume a nova Secretaria de Políticas para as Mulheres. Teve seu nome indicado pela ala petista chamada Articulação de Esquerda, liderada no Estado pelo deputado Valmir Assunção, que se considerava “excluída” da administração estadual. “O contingenciamento tirou recursos das universidades estaduais, que estão em greve, e suspendeu pagamento de fornecedores, mas não falta dinheiro para remunerar ‘os companheiros’ com a criação de novos cargos”, acusa o presidente do DEM na Bahia, José Carlos Aleluia.