Vice do PSTU renuncia e o do PRP recorre ao TRE

No auge da campanha eleitoral, os ditos partidos “nanicos” entraram em crise. Ontem, o PSTU anunciou a renúncia do seu candidato a vice-prefeito, Jean Michael Gandin, que estava debutando na disputa majoritária. No PRP, o candidato a vice-prefeito, Renato Alves de Freitas, pediu formalmente ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a suspensão da candidatura do candidato a prefeito, Jorge Luiz de Paula Martins. O candidato a vice e todos os seis candidatos a vereador do partido acusam o cabeça de chapa de impedir a apresentação das propostas no horário eleitoral gratuito e de tentar transformar o PRP numa sigla de aluguel.

No PSTU, o vice justificou que estava deixando a campanha por motivos de ordem pessoal. O candidato a prefeito, Gilberto Félix, explicou que Gandin tinha outros compromissos que o impediam de se dedicar à campanha. Ontem mesmo, o partido já indicou a psicóloga Raquel Polla. Segundo Félix, a campanha segue normalmente.

Já no PRP, o clima é de discórdia. O candidato a vice-prefeito disse que aguarda uma posição do TRE ou uma mudança de postura de Martins. O desentendimento começou por conta das críticas que Martins tem feito ao governo do PT. Nos programas do partido, o maior deles é de 46 segundos, o candidato a prefeito aparece entrevistando cidadãos que fazem críticas ao governo federal. “Ele não deixa o partido mostrar as nossas propostas para a cidade. Ao invés disso, fica batendo no concorrente do PT. Nós temos propostas brilhantes e estou sendo impedido de mostrar isso. É um desrespeito às decisões do partido”, disse.

Em reunião anteontem à noite, o candidato a vice-prefeito e os candidatos a vereador cobraram uma posição de Martins, que acabou concordando em ceder espaço para os postulantes a uma vaga na Câmara Municipal no programa. Ontem, eles fizeram a primeira gravação para o horário eleitoral. Mas Martins não arreda o pé na sua linha de campanha. “Eles alegam que eu só estou batendo. Mas não estou atacando ninguém. Estou apenas dando voz às pessoas. Deixo elas falarem, simplesmente. Afinal, não fui eu que prometi emprego para dez milhões de pessoas”, justificou.

O candidato a prefeito afirmou que o PRP está cumprindo o seu papel na campanha. “Com esse tempo que eu tenho é humanamente impossível se fazer propostas. Para isso, eu precisaria de tempo. Como não tenho, estou usando o espaço para apresentar fatos. Não são denúncias ou fofocas. Ele (o candidato a vice-prefeito) se sente ofendido por uma questão de vaidade pessoal. Agora, em um outro momento ele poderá até aparecer no programa. Mas agora, não”, disse.

No manifesto, o candidato a prefeito é acusado de “alcovitar intrigas e denúncias a outros partidos”. Martins nega que esteja direcionando o programa para prejudicar o candidato do PT, deputado estadual Angelo Vanhoni e que esteja atendendo a pedidos de outros candidatos. “O Angelo Vanhoni é uma bela pessoa. Eu nem cito o nome do candidato. Agora, o partido dele é outra coisa”, disse.

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