Vereadores devem mudar de partido

Além dos oito novos vereadores que irão assumir a partir de 18 de fevereiro, outras mudanças deverão marcar a volta ao trabalho na Câmara Municipal. Pelo menos quatro vereadores estudam a possibilidade de trocar de partido. Embora eles não confirmem, desde o final do ano passado várias conversas estão acontecendo entre diretórios de diferentes legendas e vereadores.

Fábio Camargo deixou nesta semana a liderança do PSC, e deverá se filiar ao PMDB, que hoje conta apenas com dois vereadores na Casa Paulo Salamuni e Celso Torquato. Com isso o PSC, que tinha três vereadores – Camargo, Paulo Frote e Mauro Moraes (que foi eleito deputado estadual e será substituído por sua suplente, Nely Almeida, do mesmo partido), terá a bancada reduzida para dois.

Outro que cogitou deixar o partido foi Paulo Salamuni. Insatisfeito com algumas atitudes do diretório regional, Salamuni afirmou que poderia ir para o PT, que hoje conta com seis vereadores. “Nunca me vi em outro partido, mas do jeito que estão conduzindo as coisas, sem discussão e com possibilidade de filiados que não se identificam com o PMDB, eu não descarto a possibilidade de ingressar em outro partido”, disse.

Salamuni confirmou que foi convidado pelo PT. “Me assusto com os convites que têm sido feitos pelo PMDB, inclusive para pessoas que participaram da ditadura. Se o meu partido se descaracterizar eu posso, depois de quatro mandatos como vereador, mudar de legenda.”

Já o PPS, que tinha Arlete Caramês como representante, fica agora sem vereador. Isso porque ela assume como deputada estadual, mas como foi eleita vereadora pelo PPB, o suplente será do partido que a elegeu. Os vereadores Antônio Bueno (PSL) e Sabino Picollo (PSDB) chegaram a participar, em novembro do ano passado, de um encontro com os militantes do PPS, e manifestaram interesse na legenda, mas não se filiaram.

Antônio Bueno não quis comentar se irá mudar de legenda, mas confirmou que não está satisfeito com o PSL. “Não posso dizer se vou mesmo sair, nem se vou para o PPS”, afirmou.

Bueno também não falou os motivos pelos quais ele quer deixar seu atual partido, disse apenas estar havendo divergências internas. “Não estou satisfeito”, resumiu.

Já Sabino Picollo garantiu que antes de março não deverá tomar nenhuma decisão. “Tenho uma equipe de consultores que discute sobre os partidos e o rumo que devo tomar. Mas não tenho pressa, então posso analisar todas as legendas tranqüilamente”, afirmou. Segundo o vereador, o motivo para troca de partido é o grande número de vereadores tucanos na Casa.

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