Vereadores conhecem situação da Copel

Vereadores do bloco de oposição estiveram ontem reunidos com o presidente da Copel, Paulo Pimentel, para tratar questões de Curitiba, e saber sobre a situação atual da companhia com relação às dívidas, lucros e sobre o programa Luz Fraterna. “No ano passado a Copel teve prejuízo de R$ 320 milhões, e neste primeiro semestre lucro de R$ 260 milhões”, disse Pimentel. “Não foi mágica. A Copel tinha participação em mais de trinta empresas, quase todas deficitárias. Já liquidamos dez delas. Renegociamos contratos e este ano ela vai dar mais lucro”, afirmou.

Os vereadores Paulo Salamuni, Reinhold Stephanes Júnior (PMDB), Adenival Gomes, Roseli Isidoro, Pedro Paulo, Nilton Brandão e André Passos (PT) ficaram satisfeitos com o resultado do encontro. “No início do mês tivemos uma reunião com o chefe da Casa Civil, Caíto Quintana, porque estávamos distantes dos secretários. Por sugestão do governador Roberto Requião resolvemos marcar reuniões com todos os secretários, e começamos com o Pimentel. Além disso fomos convidados para participar dos encontros de segunda-feira, entre o governador, secretários e deputados”, explicou Paulo Salamuni, líder do bloco de oposição e líder do PMDB na Câmara. “Queríamos um panorama da empresa, até porque nós trabalhamos contra a privatização”, lembrou.

De acordo com Paulo Pimentel, a maioria das prefeituras estão em dívida com a Copel, inclusive Curitiba. A dívida geral é de R$ 180 milhões. “Para as prefeituras acertarem dividimos o valor em sessenta prestações. A primeira deveria ser paga para justificar, e depois começaria a pagar em dia. Curitiba já pagou três parcelas”. Os valores pagos até agora foram de R$ 1 milhão 564 mil na primeira parcela, R$ 1 milhão 575 na segunda e R$ 1 milhão 588 na terceira parcela. O total pago será de cerca de R$ 66 milhões.

Ainda segundo Pimentel, as maiores dívidas são do serviço público. A Universidade Federal do Paraná, por exemplo, deve R$ 3 milhões 155 mil e o Hospital de Clínicas R$ 1 milhão 700 mil. “Não podemos anistiá-los”, disse. Já no campo privado, a maioria das dívidas não são pagas porque a justiça concede liminares impedindo que o abastecimento de luz seja cortado. A Cimento Rio Branco deve R$ 3 milhões; o Plástico Paraná R$ 1 milhão 752; e a Brasil Telecom R$ 6 milhões. “O total da dívida grande é de R$ 180 milhões, e a maioria está em negociação na justiça”, contou.

Luz Fraterna

O principal interesse dos vereadores era com relação ao programa Luz Fraterna, que isenta consumidores que gastam até 100 quilowatts por mês. “Cadastramos uma boa parcela destes consumidores, e vamos agora entrar nas favelas e cadastrar os moradores de lá também”, afirmou Paulo Pimentel. “Faremos tudo tecnicamente perfeito, instalando postes altos e numerando os barracos. Com isso a conta vai servir como comprovante de residência”. Toda a instalação será paga pela Copel.

Os vereadores deverão participar de todo este processo, dando assistência dos locais mais necessitados. “Vamos destacar funcionários para conversar com os vereadores, para que haja um entrosamento, e com isso conseguiremos atender o maior número de famílias carentes possível”, disse Pimentel.

Estatal festeja os seus 49 anos

A Copel inicia oficialmente, com um culto ecumênico em Ação de Graças na manhã de hoje, as celebrações dos seus 49 anos de criação que serão completados no próximo dia 26. A cerimônia acontece às 9h no pólo administrativo da empresa, no bairro do Mossunguê (km 3 da BR-277), com a presença do presidente Paulo Pimentel, diretores, gerentes e empregados da Copel.

Ao longo do mês de outubro, diversas outras atividades estarão sendo desenvolvidas na capital e também no interior para marcar a passagem do aniversário da companhia. Na agenda festiva, além das tradicionais homenagens de entrega de certificado de tempo de serviço aos colaboradores mais antigos, haverá eventos artísticos e culturais com apresentações dos corais formados por empregados da Copel, conjuntos de música erudita e grupos de dança.

A programação inclui ainda a realização de seminários internos que vão expor e divulgar inovações técnicas concebidas pelos empregados da companhia, desenvolvidas com o objetivo de solucionar ou imprimir maior eficiência às rotinas do trabalho.

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