Vereador preso no Rio não poderá voltar à Câmara

A desembargadora da Seção Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), Gizelda Leitão, negou ontem o pedido de “exercício de direitos políticos” do vereador Luiz André Ferreira da Silva, o Deco, preso desde abril por suspeita de chefiar uma milícia na região de Jacarepaguá, na zona oeste da capital fluminense. A defesa do parlamentar pedia autorização para que ele comparecesse à Câmara Municipal para exercer o cargo.

Segundo a desembargadora, o pedido é “verdadeiramente absurdo, pois demonstra que o requerente, por ser detentor de mandato eletivo, considera-se acima do bem e do mal”. De acordo com a decisão, ao pedir “respeito” a seus direitos políticos, o vereador estaria agindo como se não houvesse contra ele “pesadas acusações”.

Deco foi preso durante a Operação Blecaute, realizada pela Polícia Civil e o Ministério Público Estadual. O grupo paramilitar chefiado por ele teria planejado matar a chefe da Polícia Civil, delegada Martha Rocha, e o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que presidiu a CPI das Milícias. O grupo atuaria em pelo menos 13 comunidades da zona oeste do Rio.