Depois de encaminhar uma solicitação ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná e ao Ministério Público Eleitoral pedindo que “tomem providências para apurar a regularidade” da consulta pública do movimento “O Sul é Meu País“, o vereador Goura (PDT), de Curitiba, passou a sofrer ameaças de simpatizantes do movimento separatista.

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Marcada para o próximo sábado (7), a consulta deve ser realizada no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, questionando se a população deseja que a região Sul se separe do restante do Brasil.

Após o pedido do vereador, em mensagens privadas e em comentários públicos nas redes sociais, diversos foram os textos com tom de ameaça a ele: “Por que não começamos pondo para correr esse lixo?”; “Seu vagabundo, vai trabalhar […] Se você atrapalhar nosso plebiscito vou caçar você até nos confins do inferno”.

Críticas

Além das ameaças pulverizadas nas redes sociais, o parlamentar também foi criticado no site oficial do movimento. Celso Deucher, um dos fundadores do grupo e secretário geral do Grupo de Estudos Sul Livre, escreveu um texto no qual chama o vereador de “fascista” e “defensor da pedofilia em obras de arte”, já que Goura tem feito declarações em defesa das exposições de arte que têm sido condenadas por setores conservadores.

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Deucher ainda traçou um paralelo entre o pedido do vereador e o comportamento do governo espanhol que reprimiu o plebiscito separatista da Catalunha no último fim de semana. “Se o Ministério Público Eleitoral não acatar a denúncia do Edil, podemos aguardá-lo em Curitiba no dia 7 de outubro descendo estes cassetetes em nossos ativistas”, escreveu.

Avaliação

Goura afirmou que “existe muito ódio e pouca racionalidade” nesse debate. “Apenas pedi ao TRE-PR para que avaliasse o caso e tomasse as medidas que julgasse necessárias”, afirmou.

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Sobre as ameaças, o parlamentar afirmou que ainda está avaliando se tomará alguma medida.