A Câmara de Curitiba aprovou ontem, em primeira votação, projeto da prefeitura que reajusta os salários dos servidores do município. Após a sanção do prefeito, servidores efetivos ganharão 7,68% a mais, retroativo a abril, enquanto servidores comissionados receberão 6,54%. Duas emendas à proposta, que utilizavam índices inflacionários mais benéficos e incorporavam uma taxa de aumento real aos salários, foram rejeitadas pelos vereadores.

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O aumento base de todos os servidores do município é de 6,54%, que equivale ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Curitiba, calculado pelo Ipardes. Para os efetivos, há um incremento de 1,14% – chegando a 7,68%, equivalente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo IBGE.

Contra a orientação da prefeitura, os vereadores aprovaram duas emendas, de autoria de diversos vereadores, que anistiam professores e servidores da saúde que participaram de greves em agosto de 2014 e março de 2015. O município não poderá descontar o salário desses funcionários pelos dias não trabalhados. “É uma conquista importante para a categoria. Garantir o abono das faltas representar manter o direito de greve dos servidores”, comemora Irene Rodrigues, coordenadora do Sismuc, o sindicato que representa o funcionalismo municipal.

A proposta foi aprovada a despeito da orientação da prefeitura, que orientou a base a votar contra a anistia. A prefeitura ainda pode vetar essas emendas. Sobre a rejeição das emendas que pretendiam elevar os salários para até 12%, o líder do governo, Paulo Salamuni (PV) alegou que aumentos acima da inflação “não são possíveis nesse momento de contenção”.

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Autorreajuste

Os vereadores também aprovaram resolução que aumenta seus subsídios em 6,54%, mesmo índice utilizado para o aumento dos servidores comissionados e secretários. Com isso, o salário dos parlamentares sobe para R$ 15,1 mil e o do presidente da Câmara para R$ 19,7 mil. Em valores líquidos, isso significa, respectivamente, R$ 11,4 mil e R$ 14,7 mil.

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