Vanhoni substitui Hall na equipe de transição

O deputado estadual reeleito Angelo Vanhoni irá substituir o ex-vice-prefeito de Francisco Beltrão, Arni Hall, na equipe de transição formada pelo governador eleito Roberto Requião (PMDB) e coordenada pelo vice-governador Orlando Pessuti (PMDB). A troca do representante foi decidida anteontem à noite em reunião da direção estadual do partido com os atuais e futuros deputados federais e estaduais e algumas lideranças municipais.

Hall havia sido indicado pelo ex-candidato ao governo, deputado federal Padre Roque. Mas o conjunto do partido achou melhor indicar um representante com um perfil mais político. O vice-prefeito de Francisco Beltrão é tido como um quadro de feição mais técnica.

O deputado federal Padre Roque foi acusado de não ter consultado previamente o partido antes de apresentar o nome ao PMDB. Ele ainda foi criticado por alguns setores que entenderam que o ex-candidato ao governo avançou nas articulações com o governador eleito além do limite imposto pela corrente que detém o controle do partido no estado. O mesmo grupo que, internamente, está sendo censurado por não ter se empenhado como deveria na campanha de Roque no primeiro turno das eleições e que agora, depois da aproximação entre o petista e Requião, tentam isolá-lo das decisões.

Divergências

A participação do PT no governo de Requião ainda não é consenso entre as várias alas. Na reunião de ontem, ficou decidido que o partido irá se reunir novamente em quinze dias para formalizar sua posição. O grupo majoritário na direção no partido não tem dúvidas de que o PT deve compor o governo peemedebista, mas alguns prefeitos do partido acham que o ritmo das negociações deve ser desacelerado e que as costuras exigem prudência.

O temor é que se os termos dessa participação não forem bem amarrados e os espaços a ocupar muito bem definidos, a relação com o PMDB possa se desgastar em pouco tempo. Os prefeitos querem evitar que a aliança com Requião tenha desfecho semelhante à colaboração entre o partido no Rio de Janeiro e o governo de Anthony Garotinho (PSB), cujo rompimento aconteceu mais depressa do que pretendia a direção nacional do partido.

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