O tesoureiro do PT e ex-presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), João Vaccari Neto, negou hoje, em depoimento à CPI das ONGs, no Senado, desvio de recursos da cooperativa e a existência de recursos públicos na Bancoop. Vaccari, que é acusado pelo Ministério Público paulista de ser chefe de uma organização criminosa, fala ao Senado pela segunda vez este ano. Em março, ele foi ouvido na Comissão de Fiscalização e Controle.

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Nas duas ocasiões ele negou ter recebido envelopes de dinheiro para serem encaminhados ao PT. “Não houve superfaturamento na Bancoop em nenhuma hipótese, da mesma forma que não houve contribuições a partidos políticos”, afirmou.

Vaccari voltou a rebater as acusações do promotor José Carlos Blat, de que a direção da Bancoop movimentou R$ 31 milhões em cheques para a própria cooperativa. “Isso se refere a operações interbancárias, são transações de um empreendimento para outro”, afirmou. Também sobre Blat, Vaccari disse que o promotor faz acusações “midiáticas” e que não há, até hoje, nenhuma acusação formal.

Vaccari voltou a apresentar versão diferente do doleiro Lúcio Bolonha Funaro sobre a quantidade de encontro entre os dois. Segundo o petista, ambos se encontraram uma única vez. Já Funaro disse à CPI, na semana passada, que foram alguns encontros, e não apenas um.

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Vaccari também negou versão apresentada por Funaro em relação ao grupo Schahin. Segundo o doleiro, o petista tinha uma “relação umbilical” com o grupo. “Eu, na pessoa física, não tenho nenhum relacionamento com a Schahin”, disse. Em seguida, emendou: “A Bancoop tentou uma negociação para a conclusão de obras, mas não tivemos sucesso”. O depoimento do tesoureiro petista teve início às 15h.