Conselho

Túlio deve apresentar defesa ao pedido de expulsão do PMDB

A possibilidade de expulsão dos vereadores Roberto Hinça (PSD) e Algaci Túlio (PMDB) de seus partidos foi tema de discussão, ontem, entre os grupos políticos. Em reunião no Conselho de Ética do PSD, Hinça teve espaço e tempo para apresentar sua defesa perante seus correligionários e foi absolvido. Já o Conselho de Ética do PMDB definiu que Túlio terá 15 dias para apresentar sua defesa. Os encontros foram marcados por causa das denúncias de irregularidades cometidas pelos parlamentares.

Túlio não pôde participar da primeira reunião, realizada para estabelecer os procedimentos técnicos de análise do pedido de expulsão do vereador protocolado pelo presidente da Juventude do partido, Rafael Xavier. “Os dois envolvidos pediram para participar da reunião, mas preferimos que não estivessem presentes porque essa primeira reunião era bastante técnica”, comenta o secretário-geral do partido, Doático Santos. Após os 15 dias de prazo que Túlio tem para apresentar sua defesa, o conselho terá mais 15 dias para analisar os documentos apresentados e ouvir as testemunhas. Procurado pela reportagem, Túlio preferiu não comentar o caso até que seja “comunicado oficialmente da abertura do processo”.

Satisfação

Para Hinça, a reunião com o partido foi bastante satisfatória. “Não houve qualquer questionamento do partido em relação à minha postura, a iniciativa foi minha. O partido atendeu ao pedido meu para que pudesse esclarecer os fatos e provar que nada tenho a ver com as denúncias, assim como fiz na Câmara”, explica. De acordo com o parlamentar, não há qualquer irregularidade em suas ações, pois a empresa citada nas denúncias estava representando um veículo de comunicação. O presidente do Conselho de Ética do PSD, Luiz Chemin Guimarães, afirma que o partido “se deu por satisfeito com as explicações apresentadas”. Com isso, Hinça não será punido com advertência, multa ou expulsão.

Contratos prorrogados

Um primeiro contrato, firmado em fevereiro de 2004, estabelecia que a Parceria seria responsável pela contratação de oito recepcionistas para trabalhar durante um ano nas duas portarias do prédio da Câmara, recebendo R$ 99,9 mil para isso. Com oito aditivos, o valor teria subido para R$ 578,7 mil, prorrogando também os serviços até agosto de 2008. Outro contrato, assinado em abril do mesmo ano, também tinha duração de 12 meses e previa a contratação de cinco copeiras, quatro garagistas e um garçom. O valor inicial teria passado de R$ 114,8 mil para R$ 599,4 mil, com prorrogação dos serviços até abril de 2009.