Tucanos fazem pacto de cordialidade

Para afastar a impressão de que estão em guerra interna por causa da proposta de aliança com o PMDB na sucessão estadual, os deputados estaduais do PSDB, o presidente do partido, Valdir Rossoni, e o vice-presidente, Hermas Brandão, decidiram fazer um pacto de cordialidade. Em reunião realizada ontem pela manhã, entre Brandão, Rossoni e os outros sete deputados estaduais, ficou decidido que o acordo com o governador Roberto Requião é um assunto que vai ficar para depois. Por enquanto, o discurso único é que o PSDB vai pensar primeiro na eleição presidencial e somente depois de decidido o candidato do partido à sucessão do presidente Lula é que eles conversam sobre alianças estaduais.

Foi a forma que o partido encontrou para despistar as divergências entre Rossoni e o presidente da Assembléia Legislativa. O primeiro condena qualquer tipo de aproximação com o governo e o segundo trabalha para que o acordo aconteça e vem sendo cotado como candidato a vice-governador na chapa de Requião. Ontem, Rossoni disse que a costura das alianças nos estados será feita pelo futuro candidato à Presidência da República. "As posições isoladas não prevalecerão sobre o coletivo. Todos podem ouvir propostas, mas não negociar", afirmou o presidente estadual do partido.

Ele disse que mantém a posição contra a aliança com o PMDB e que está autorizado a continuar conversando apenas com o PFL, PDT e PSB. "Vou seguir esse caminho. Se lá na frente surgir outro, vamos conversar", afirmou Rossoni, que convocou uma reunião da executiva estadual para a próxima segunda-feira, dia 12, para aprovar um calendário das ações para as eleições de outubro. A reunião deve marcar também uma data para a realização das convenções do partido.

O presidente da Assembléia Legislativa não quis comentar a reunião. Disse apenas que está vigorando a decisão de que as composições estaduais estão subordinadas às decisões nacionais. 

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