TJ-PR devolve cargo a presidente da Câmara de Londrina

O desembargador Rosene Arão de Cristo Pereira, do Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná, suspendeu nesta sexta-feira (20) a decisão da 1ª Vara Cível de Londrina que determinou quarta-feira o afastamento do presidente da Câmara Municipal, Sidney de Souza (PTB). Souza é acusado, com outros vereadores, de ter recebido dinheiro para aprovar um projeto de doação de terreno público a um empresário londrinense. A assessoria da Câmara informou que aguardava a notificação oficial para que ele reassumisse.

Segundo Pereira, o afastamento sumário de agentes políticos é possível "em caráter excepcionalíssimo", quando provado que o acusado dificulta o recolhimento de provas para a instrução processual. No caso em questão, ele entendeu que não foi "robustamente demonstrada a postura maliciosa do vereador de destruir certas provas e obstaculizar a obtenção de outras".

Souza foi afastado junto com o corregedor da Casa, Luiz Carlos Tamarozzi (PTB), e o vereador Jamil Janene (PMDB). O nome do presidente da Câmara de Londrina, além de Tamarozzi e Janene, aparecia numa lista com valores que teriam sido entregues pelo empresário Marcelo Caldarelli para aprovação do projeto de doação, que foi posteriormente anulado pela Justiça. A denúncia foi confirmada pelo ex-vereador Orlando Bonilha (PMDB), após ter sido preso. Por causa dessas e de outras suspeitas, oito parlamentares foram afastados, dos quais dois renunciaram. O corregedor da Câmara e o vereador do PMDB de Londrina esperam o julgamento de recursos. O Ministério Público Estadual (MPE) recorrerá tão logo seja notificado.

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