O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, e o líder do governo no Congresso, André Moura, e na Câmara, Aguinaldo Ribeiro, também participam da reunião deste domingo, 8, no Palácio do Jaburu. Mais cedo, os ministros palacianos Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) já haviam chegado à residência oficial do presidente Michel Temer.

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Segundo auxiliares do presidente, a reunião deste domingo é para alinhar os trabalhos da semana, que será mais curta por conta do feriado. No Congresso, a atenção do Palácio também estará voltada para a leitura do relatório de Bonifácio Andrada (PSDB-MG) em relação à segunda denúncia contra o presidente. Temer e os ministros Padilha e Moreira foram denunciados por formação de quadrilha e obstrução de Justiça.

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Bonifácio passou o domingo reunido com assessores para tentar finalizar o relatório até a próxima terça-feira, quando deverá ser lido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Segundo o deputado – que dita seu voto num gravador e depois técnicos o auxiliam na digitação – a denúncia é “muito ampla e complexa”. “Ainda não terminei, mas pretendo terminar até lá”, disse ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

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Bonifácio afirmou ainda que os acontecimentos em torno da sua possível substituição da relatoria atrapalharam um pouco o andamento dos trabalhos. “Depois que a situação se normalizou que passei a focar mesmo na matéria. Já li bem a denúncia, agora estou vendo melhor as defesas, o outro lado”, disse o relator, sem querer antecipar sua conclusão. “Ainda não posso falar, preciso ver tudo antes.”

Uma ala do PSDB comandada pelo deputado Ricardo Tripoli alegava que a permanência de Bonifácio como relator numa cadeira do PSDB causava constrangimentos e aprofundava a divisão entre os tucanos. Para manter Bonifácio na CCJ e na relatoria da segunda denúncia contra Temer, a base aliada se mobilizou e coube ao PSC ceder sua vaga de suplente para o tucano.