Ada Mello (PTB-AL), prima do senador Fernando Collor (PTB-AL), assumiu na segunda-feira (15) a vaga do ex-presidente no Senado, elevando a 19 o total de parlamentares da Casa que não foram eleitos. O número representa mais de 20% dos 81 senadores eleitos para representar os Estados e que, por motivos alheios à vontade do eleitor, entregam o cargo a suplentes. Ada é a segunda suplente de Collor. O primeiro é Euclydes Mello (PRB-AL), também seu primo, que já assumiu o mandato por quatro meses, durante licença anterior do titular, mas que agora está em campanha para prefeito de Marechal Deodoro (AL).

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Collor tirou licença de 90 dias do Senado para se dedicar à campanha de parentes em Alagoas. Ele quer turbinar a campanha do filho Fernando James (PTB) e também do primo Euclydes. James disputa a Prefeitura de Rio Largo. A proposta de emenda à Constituição que trata da situação dos suplentes, aprovada no ano passado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), está esquecida numa gaveta. E boa parte dos senadores sinaliza que não tem intenção de aprová-la, sobretudo os que entregaram a suplência aos que financiaram sua campanha.

A proposta da CCJ proíbe a indicação de parentes para a suplência e, em caso de morte ou renúncia, prevê a eleição de um novo suplente para ocupar o cargo. A pressão dos suplentes, porém, impediu que o texto avançasse a ponto de acabar com estas vagas, como queria o relator Demóstenes Torres (DEM-GO). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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