A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) continua debatendo o que fazer em relação aos seis parlamentares que não puderam tomar posse na última sexta-feira, 1º, por estarem presos.

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Uma das propostas discutidas nesta quarta-feira, 6, é de que uma emenda determine a suspensão da posse dos deputados diplomados que estão presos. Assim eles não receberiam salário e seus suplentes seriam convocados para assumir o mandato. Caso os parlamentares sejam inocentados no decorrer do mandato, eles assumiriam o cargo para o qual foram eleitos.

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O Regimento Interno da Alerj já prevê que parlamentares condenados criminalmente, com sentença transitada em julgado, perdem o mandato, mas não há previsão sobre deputados que tenham sido eleitos e depois presos preventivamente, sem condenação transitada em julgado, como é o caso de André Corrêa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), Luiz Martins (PDT), Marcos Abrahão (Avante) e Marcus Vinicius Neskau (PTB), presos preventivamente em novembro de 2018, durante a Operação Furna da Onça, e Anderson Alexandre (SD), também preso em novembro, acusado de participar de um esquema de propina em Silva Jardim, município da Região Serrana do Rio do qual foi prefeito.

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Mudança do Regimento

Foi incluída na Ordem do Dia da Alerj nesta quinta-feira, 7, um projeto de resolução assinado pela bancada do PSOL e pelo deputado Luiz Paulo (PSDB) que altera o Regimento Interno da Alerj justamente para regulamentar a convocação de suplentes em caso de afastamento judicial de deputados estaduais. O texto prevê que os deputados afastados pela Justiça não recebam salários. O projeto será submetido a discussão prévia, durante a qual poderá receber emendas dos demais deputados. A previsão é que ele seja votado já na próxima semana. Para entrar em vigor, a mudança precisa ser aprovada pelo plenário em duas votações.