Por unanimidade, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça arquivou nesta quarta-feira, 24, inquérito contra o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB). O tucano, candidato à reeleição, havia sido citado em denúncia sobre suposto esquema de cobrança de propinas de empresários em troca de benefícios fiscais.

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Os ministros da Corte Especial concluíram pela improcedência da denúncia “diante da retratação realizada no processo, entendendo-se pela ausência de elementos mínimos para a continuidade da investigação”.

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Em maio de 2017, o empresário José Alberto Miri Berger apontou propinas ao ex-chefe da Casa Civil Sérgio de Paula. O intermediário seria “Polaco”, como é conhecido José Ricardo Guitti. Segundo Berger, foram pagos R$ 500 mil em duas vezes, uma delas em novembro de 2017, quando a licença de sua empresa foi renovada.

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Em junho passado, porém, o empresário recuou e se retratou. Ele negou envolvimento de Azambuja e de seu então chefe da Casa Civil no suposto esquema.

O próprio Ministério Público Federal requereu o arquivamento da denúncia.

Defesa

Em nota, o advogado Gustavo Passarelli, que representa o governador Reinaldo Azambuja, declarou: “A Corte Especial do STJ decidiu, por unanimidade, pelo arquivamento de inquérito contra o Governador Reinaldo Azambuja (MS).

A denúncia era de que havia um esquema para a cobrança de propina em troca de benefícios fiscais, e foi considerada improcedente, diante da retratação realizada no processo, entendendo-se pela ausência de elementos mínimos para a continuidade da investigação.

A decisão restabelece a verdade com relação aos fatos, demonstrando a ausência de participação do Governador em qualquer ato ilícito.”